O
Ministério Público de São Paulo acaba de instaurar inquérito civil para apurar
responsabilidades na morte de uma cadela que foi brutalmente agredida em uma
unidade do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo. Uma investigação foi também
aberta na Polícia Civil, com registro de boletim de ocorrência como
maus-tratos,
Esse
caso ficou conhecido no mundo inteiro e provocou muitas reações. Acusado de
agredir o animal, o segurança da loja foi afastado preventivamente durante as
investigações e aguarda para prestar depoimento. Conforme relatos de populares,
a cadela frequentava o local, era alimentada por funcionários e se aproximava
das pessoas buscando atenção. Segundo informações da empresa, depois de algumas
reclamações de clientes, um empregado terceirizado tentou afastá-la, e como ela
insistisse em ficar, a ação que envolveu sua retirada resultou em morte.
Tudo
se deu no dia 28 de novembro e há informações conflitantes. O Departamento de
Fauna e Bem Estar Animal foi acionado para resgatar a cadela, que estava
sangrando, e usou um enforcador para a captura. Levada para atendimento
emergencial, a cadela tinha pressão baixa, vômito com sangue e escoriações
múltiplas, vindo a morrer logo em seguida, segundo informações da prefeitura. Na
ocasião, não houve denúncia de agressão, e sim, suspeita de atropelamento. A
administração municipal cremou o corpo. No entanto, as imagens que mostram o
cão próximo a manchas de sangue começaram logo a circular nas redes sociais com
denúncias de maus tratos. Houve até hipótese de envenenamento.
Sem
o corpo do animal para realização perícia, as investigações se baseiam em
depoimentos e imagens de câmeras de segurança. A atriz Luisa Mell, militante da
causa da defesa animal esteve na delegacia local e exibiu imagens que
confirmaram a agressão. Foram ainda exibidos vídeos que mostram o segurança
seguindo a cadela, e depois o animal caminhando e deixando marcas de sangue.
Em
nota, o Carrefour diz repudiar qualquer tipo de maus tratos e reconhece que
"um grave problema" ocorreu na loja. "A empresa não vai se
eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse animal",
disseram diretores. O inquérito foi aberto na segunda 3 de dezembro, para
apurar as responsabilidades. Testemunhas ouvidas no fim de semana confirmaram
agressões. Mas para terem validade, os depoimentos precisam ser prestados
formalmente, à Polícia Civil. Maus tratos contra animais é crime previsto em
lei e pode resultar pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.
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