quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

MP DE SÃO PAULO APURA CASO DA CADELA ASSASSINADA


O Ministério Público de São Paulo acaba de instaurar inquérito civil para apurar responsabilidades na morte de uma cadela que foi brutalmente agredida em uma unidade do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo. Uma investigação foi também aberta na Polícia Civil, com registro de boletim de ocorrência como maus-tratos,
Esse caso ficou conhecido no mundo inteiro e provocou muitas reações. Acusado de agredir o animal, o segurança da loja foi afastado preventivamente durante as investigações e aguarda para prestar depoimento. Conforme relatos de populares, a cadela frequentava o local, era alimentada por funcionários e se aproximava das pessoas buscando atenção. Segundo informações da empresa, depois de algumas reclamações de clientes, um empregado terceirizado tentou afastá-la, e como ela insistisse em ficar, a ação que envolveu sua retirada resultou em morte.
Tudo se deu no dia 28 de novembro e há informações conflitantes. O Departamento de Fauna e Bem Estar Animal foi acionado para resgatar a cadela, que estava sangrando, e usou um enforcador para a captura. Levada para atendimento emergencial, a cadela tinha pressão baixa, vômito com sangue e escoriações múltiplas, vindo a morrer logo em seguida, segundo informações da prefeitura. Na ocasião, não houve denúncia de agressão, e sim, suspeita de atropelamento. A administração municipal cremou o corpo. No entanto, as imagens que mostram o cão próximo a manchas de sangue começaram logo a circular nas redes sociais com denúncias de maus tratos. Houve até hipótese de envenenamento.
Sem o corpo do animal para realização perícia, as investigações se baseiam em depoimentos e imagens de câmeras de segurança. A atriz Luisa Mell, militante da causa da defesa animal esteve na delegacia local e exibiu imagens que confirmaram a agressão. Foram ainda exibidos vídeos que mostram o segurança seguindo a cadela, e depois o animal caminhando e deixando marcas de sangue.
Em nota, o Carrefour diz repudiar qualquer tipo de maus tratos e reconhece que "um grave problema" ocorreu na loja. "A empresa não vai se eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse animal", disseram diretores. O inquérito foi aberto na segunda 3 de dezembro, para apurar as responsabilidades. Testemunhas ouvidas no fim de semana confirmaram agressões. Mas para terem validade, os depoimentos precisam ser prestados formalmente, à Polícia Civil. Maus tratos contra animais é crime previsto em lei e pode resultar pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário