quinta-feira, 28 de abril de 2016

JOGOS OLÍMPICOS E OS JOGOS DOS PODERES

Lamentavelmente, a olimpíada está chegando, e com a sua aproximação, os maus exemplos do poder público e as mazelas que fazem antever perigos e fracassos ficam cada vez mais evidentes. Obras feitas às pressas, e mal feitas, um Rio de janeiro falido e repleto de gente revoltada, obras bem recentes caindo aos pedaços e gerando tragédias, e a disseminação de doenças da idade média causadas por um mosquito que ninguém consegue combater, e cujo combate não é uma prioridade dos governantes. Adianta um pouco, só um pouquinho, fazer campanhas institucionais de conscientização do povo, mas o poder público não pode relaxar, crendo que resolverá este problema sem mais nada fazer.
Neste momento, o mundo não confia no Brasil. Nem dá para confiar. Nós também não confiamos, por conhecermos a natureza dos que assumem as cadeiras do poder público, não importa como eram antes. Neste país, a política é Uma doença que muitos querem contrair para usufruir das vantagens de seus efeitos, que são muitas. Uma delas, o direito de roubar e mentir, sabendo que a impunidade é certa, se as costas estiverem bem quentes. Se as amarrações forem bem feitas, de modo a criar uma boa blindagem. Um país onde toda rara punição é reversível, se houver entendimentos vantajosos para todos os envolvidos, um dia inimigos, outro dia parceiros. Poder com poder se entendem perfeitamente, se os múltiplos lados estiverem satisfeitos com suas vantagens pessoais. 
Os jogos olímpicos chegarão ao Brasil em meio a muitos outros jogos, todos sujos; todos impregnados de cartas marcadas. Todos voltados para o fogo das ambições e das vaidades dos poderes constituídos nesta terra sem lei. 

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