quinta-feira, 15 de outubro de 2015

DE OLHO NO LUCRO, CRT PUBLICA NOTA EM RESPOSTA A PROTESTOS

Concessionária Rio-Teresópolis (CRT) lamenta os episódios ocorridos na noite de sexta-feira (09/10) na Rodovia Santos Dumont (BR-116/RJ) e esclarece que desde abril realiza o cadastramento de moradores de Vila Sapê 1 e 2, Parque Estrela 1 e 2, Parque Santo Antônio, Bairro Paraíso, Bairro Santa Fé, Meia Noite, Vila Recreio e Ponte Preta até a Rua Mário Facini, comunidades localizadas entre a praça de pedágio de Bongaba e o Canal Taquara (Km-136,5). Todos os cadastrados, após o fechamento da passagem de emergência no Km-133,5, terão direito à isenção do pagamento de tarifa quando da passagem pela praça de pedágio para retorno ao Rio de Janeiro ou a suas residências.
Esta providência vem sendo devidamente divulgada nos acessos às comunidades beneficiadas. O cadastramento é feito pela CRT no Centro de Atendimento ao Usuário no Km-133,5 ao lado da praça de pedágio (pista sentido Teresópolis) preferencialmente de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
 Vale destacar que, além da isenção para os moradores do entorno da citada praça de pedágio, a CRT está concedendo desconto de 50% na tarifa para todos os moradores de Magé que tenham veículos particulares com emplacados no município. A perda de arrecadação resultante destas iniciativas será absorvida pela empresa sem repasses à tarifa de pedágio.
O fechamento da passagem de emergência existente em frente à praça de pedágio de Bongaba (Km-133,5) obedece a uma determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em função do risco de acidentes e pelo fato de que hoje um volume considerável de veículos, inclusive caminhões de grande porte que não têm as comunidades como destino, utiliza a mesma como retorno.
 Todas as decisões relativas aos procedimentos citados foram formalizadas em três audiências de conciliação realizadas pela Justiça Federal de Magé, com a participação de lideranças comunitárias locais, do Ministério Público Federal, da ANTT, da Prefeitura Municipal de Magé, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Nota da redação: Os recentes protestos de mageenses são específicos. Eles se referem ao fechamento da saída utilizada por motoristas como desvio do pedágio. O que a CRT não entende é que o chamado desvio é, na verdade, uma entrada de bairro, que é utilizada também como retorno. Sem ele, os motoristas teriam que dirigir muito mais, além de 15km, até poderem retornar, se quiserem ou precisarem, e ainda seriam obrigados a pagar novo pedágio. Consideramos criminoso a CRT se dar o direito de impedir o direito de ir e vir do cidadão, além de sitiar uma área habitada. O problema é que a concessionária só pensa no lucro, e quer mais e mais. Quanto à Prefeitura de Magé, avaliamos que, se o setor jurídico do poder executivo municipal quiser, encontrará na lei uma forma de impedir esse ato, e o povo saberá reconhecer isso. 
No dia a dia, os prejuízos de Magé são os seguintes: 
...Nenhuma indústria quer, em sã consciência, se instalar em um município sitiado por seis praças de pedágio.
... Muitas grandes empresas já instaladas em Magé se retiraram pelas questões acima.
... O excesso da CRT gerou desempregos dentro da cidade e de mageenses fora da cidade, devido, entre outras razões, ao transporte onerado por causa dos pedágios.
... O não pagamento do ISS pela CRT a Magé contribui grandemente para o empobrecimento da cidade. Pela lógica, as praças de pedágio fazem divisa entre dois municípios, sempre com pagamento só em um sentido. Magé é exceção, e a cidade (a cidade) não ganha nada com isso. 

É triste, mas o grande problema, de fato, é que os mageenses não têm representantes tão capazes quanto os da CRT.

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