De acordo com pauta oficial, o governador Luiz Fernando Pezão e a secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cosentino, se reuniram no dia 22 de junho, segunda-feira, com representes da umbanda e do candomblé, no Palácio Guanabara.

Os religiosos também pediram ao governador aprimoramento na formação policial para lidar com casos de intolerância religiosa. Kátia Marinho, avó da adolescente agredida, participou do encontro com o governador.
– Todos as nossas delegacias têm o dever de averiguar casos dessa natureza e, sem dúvida, os nossos policiais precisam estar preparados para isso. Intolerância é crime previsto em lei, ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso. É dever do Estado assegurar esse direito e prestar atendimento digno e humanizado. Assim deve ser para qualquer tipo de crime. Precisamos perseguir um atendimento humanizado em todos os casos – afirmou Pezão.
A lei federal 7.716, de 1989, considera crime inafiançável a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Além de o acusado não poder pagar fiança para responder em liberdade, a lei trata os casos como imprescritíveis: o acusado pode ser punido a qualquer tempo, independentemente do período de ocorrência do fato. A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa.
– É missão do Estado consolidar políticas capazes de evitar que casos como esses ocorram. Devemos lutar pela tolerância, sim, mas a luta maior é pelo respeito – afirmou Teresa Cosentino.
Canal 24 horas
Depois de recebida pelo governador Khatia Marinho reuniu-se com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, que anunciou que Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) passará a receber denúncias de atendimento inadequado em casos de intolerância religiosa. Inaugurada em outubro, a central está disponível 24 horas, durante os sete dias da semana.
– A Polícia Civil está empenhada na elucidação do caso da adolescente agredida. Podemos utilizar a CAC como um S.O.S. para qualquer pessoa. A central funciona 24 horas, sete dias por semana, por telefone, chat e mensagem, para atender todas as pessoas que entenderem que não foram bem atendidas em uma unidade – explicou Fernando Veloso.
Foto de Carlos Magno
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