segunda-feira, 6 de abril de 2015

O ABANDONO QUE NÃO ABANDONA MAGÉ

Passa o tempo, e a inércia é a mesma no executivo. A cidade de Magé está entregue às baratas e manda quem tem mais poder aquisitivo. É o caso da ordem pública, violada pelos protegidos do poder público sem as mesmas consequências sofridas pelos anônimos aos olhos oficiais. Só os veículos dos anônimos são rebocados por estacionamento irregular; só não podem ocupar as calçadas, com mercadorias e cavaletes, os pequenos comerciantes e outros empresários que não são próximos do poder. Os anônimos, opostos, ou os que não rezam na cartilha oficial sofrem sozinhos as sanções penais previstas em lei, como prova de constante arbitrariedade.
Enquanto isso, as estradas e ruas do município estão abandonadas; repletas de buracos. É o caso da Rua Santa Paula, em Piabetá, que tem várias pequenas empresas, além de um restaurante que se destaca em qualidade, preço e atendimento. Essa rua tem sido alvo de muitas reclamações e pedidos de atenção. Os semáforos ou não funcionam ou funcionam de forma confusa e precária. Na verdade, eles só atrapalham. As praias estão entregues ao lixo e ao esgoto a céu aberto, assim como as cachoeiras e os rios, e muitas beiras de ruas com lixos não domésticos à espera de providências. As escolas municipais imploram por reformas urgentes, e os alunos e funcionários ocupam escolas da rede estadual, em forma de empréstimo, sem data para retorno. A saúde está um caos total: atendimento precário, funcionários insatisfeitos, uma burocracia imensa para a marcação de consultas e longos meses de espera por exames simples.
Não há um só mageense (com exceção dos amigos ou pingentes do poder) satisfeito com o atual chefe do executivo. Todos esperam a hora de uma nova troca de cadeira, para  renovar o quadro atual. Tomara que essa troca de cadeira não remeta ao passado nem premie os de sempre com a eleição de seus indicados entre filhos, outros parentes, amigos ou patrocinadores em eleições passadas. A mudança terá que ser completa e de fato, para ser mudança, e não uma troca de seis por meia dúzia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário