segunda-feira, 6 de abril de 2015

CLAMOR PELA VOLTA DE ADEMIR ULLMANN AO PALÁCIO ANCHIETA

O único grande homem vivo da política mageense já se torna um clamor nos bastidores políticos da cidade. Ademir Ullmann, ex-prefeito, governou em meados dos anos 80, por apenas dois anos em um mandato de seis. Foi vice de Renato Cozzolino, depois de uma campanha da qual só aceitou participar mediante documento assinado por Renato, no qual se comprometeu a fazer obras em todo o município; não apenas no sexto distrito, que sempre foi curral eleitoral nas campanhas.
Com o falecimento de Renato Cozzolino, Ademir assumiu a prefeitura meio a contragosto, pois era candidato a deputado estadual e tinha outros projetos políticos. Foram muitos os apelos, até que Ademir aceitasse a missão. Feito isto, começou a trabalhar incessantemente, chegando a usar dinheiro do próprio bolso, como anteriormente sua família, que teve alguns membros no poder, já havia feito (foi a família Ullmann que construiu o palácio Anchieta, por exemplo). 
O executivo, assumido por Ademir, estava falido; com dívidas imensas; sem crédito. Mas ele conseguiu reverter tudo isso, em Brasília, depois de tomar conhecimento da situação. Pediu parcelamento da dívida, adiantou as primeiras parcelas e recuperou o crédito, de modo que Magé voltou a ter direito a repasses de verbas federais.
Foi Ademir quem possibilitou o FUNDEB para  Magé. Fez e deixou pronto o plano de cargos e salários para o funcionarismo em Magé. Foi o mesmo Ademir quem deixou garantido o reconhecimento da União, de que Magé tinha direito ao repasse de Royalties do Petróleo. Também deixou comprovado, por meio de pedido de revisão, que Magé tinha direito a repasses maiores. E ao fazer com que a cidade atraísse os olhares da União, fez também com que o estado a olhasse com positividade.
Ademir abriu créditos para empresas que quisessem investir no município, com mão-de-obra local, em troca de isenção de impostos. Com isso, ele abriu as portas de Magé para o amplo mercado externo. Ao mesmo tempo, seu governo enfrentava chuvas intensas que causavam muitos danos como quedas de pontes, destruição de casas, estradas, e o rompimento da estrutura dos cemitérios de Raiz da Serra e Guapimirim, que na época pertencia a Magé.
Entre as marcas que Ademir deixou, estão também a construção da estrada entre o Centro de Magé e Piedade, a revitalização do Poço Bento e do antigo porto de Piedade, um dos primeiros de todo o Estado do Rio de Janeiro. Não teve tempo de fazer mais, pois não havia segundo mandato, e ainda enfrentou injustiças entre grupos políticos rivais, que tentaram manchar seu nome e dificultaram seu retorno posterior. 
Agora, anos depois, um grande número de pessoas que o conhecem pessoalmente ou por meio da história sonha com a volta ao poder, de um mageense que, além de todo o exposto, governou com as portas do Palácio Anchieta abertas, fomentou as lideranças comunitárias e ouviu o povo. Um prefeito como nunca mais se viu e dificilmente se verá, pois os valores humanos essenciais à política se perdem a cada dia em nome do poder a todo o custo e o acúmulo pessoal de riquezas.

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