segunda-feira, 4 de novembro de 2013

RAIZ DA SERRA: VIOLAÇÃO DE TÚMULO VAI PARAR NA JUSTIÇA

Kátia: em busca de informações
No início do ano de 2010, dez meses depois do sepultamento da senhora Maria Helena Pieroni, que foi sepultada em 7 de março de 2009, Kátia Dalila Bandeira teve uma surpresa desagradável, quando chegou ao cemitério de Raiz da Serra. No lugar da cova de sua mãe havia flores frescas, que ela chegou a pensar terem sido levadas por seu pai. No entanto, logo depois veio a saber que na verdade as flores tinham sido levadas por pessoas desconhecidas. Kátia então chamou toda a família para verificar o que estava ocorrendo, e daí a surpresa maior: no lugar da cova rasa de sua mãe já havia uma grade, com uma placa de 17 de janeiro de 2010, identificando que ali estava sepultada uma pessoa de nome Nilza da Silva Ramos. 
Ocorrência registrada por Kátia na delegacia
Kátia e familiares buscaram informações na administração do cemitério, e foram informados de que o túmulo fora vendido para outra família. Kátia indagou sobre como isso ocorrera, já que sua família tinha proposta de compra do espaço e não recebera nenhum comunicado da administração local. Indagou também sobre como se enterra uma pessoa na mesma cova de outra que fora enterrada lá há menos de 10 meses, o que passa a ser uma violação. A situação se mostrou ainda mais grave, porque Kátia e familiares não conseguiram sequer fazer a exumação do corpo de sua mãe, obtiveram nem informações de onde estão seus restos mortais e ainda vieram a constatar que no livro de registros do cemitério também havia violação: o nome de sua mãe estava coberto por corretor, e sobre a rasura, o nome de Nilza Silva Ramos. Os coveiros, por sua vez, alegam que não sabem de nada, e para eles, não houve nenhuma violação. A cruz com a numeração da cova de Dona Maria Helena também estava desaparecida, e um parente a encontrou jogada na parte de baixo do cemitério. 
Como o tempo passava,  nada se resolvia e não havia informações satisfatórias apesar do reconhecimento do erro, por parte da administração do cemitério, inclusive com fotos do túmulo e do livro rasurado, Kátia se dirigiu à Delegacia de Piabetá, já no ano de 2012 e registrou ocorrência, sob o número 066.03286/2012. Mediante a queixa, Kátia foi informada por sua advogada, de que nada seria feito no local, até que tudo se resolvesse, pois o processo estava no Ministério Público e que, portanto, o local estava embargado. Mas isso não foi o que aconteceu, pois no último feriado de finados, dia 02 de novembro de 2013, toda a família de Dona Maria Helena teve outra surpresa: já havia, no local, um jazigo perpétuo recém-construído para Nilza da Silva Ramos. 
Kátia busca explicações para tudo, e não se conforma com o drama. Entretanto, ela não culpa a família de Nilza, e sim, a administração do local. Também se indigna com a morosidade da justiça em um caso de tamanha gravidade, e deixa uma pergunta: "será que só eu estou passando por tudo isso?".

Cruz do túmulo de Dona Maria Helena jogada entre destroços ao lado do túmulo

Embora desbotada, cruz da cova de Dona Maria Helena ainda tem numeração

Jazigo de Nilza da Silva Ramos. Recém-construído

Numeração da cova de Dona Maria Helena em 7 de março de 2009

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