Paulo César dos Santos
A grande esperança que os quase noventa mil eleitores depositaram nas urnas, para eleição de um novo prefeito, foi também a nossa. Tivemos responsabilidade maior, porque vestimos a camisa partidária dessa esperança e fomos às ruas pedir que todos os cidadãos mageenses apostassem nela, com a manifestação do voto.
A grande esperança que os quase noventa mil eleitores depositaram nas urnas, para eleição de um novo prefeito, foi também a nossa. Tivemos responsabilidade maior, porque vestimos a camisa partidária dessa esperança e fomos às ruas pedir que todos os cidadãos mageenses apostassem nela, com a manifestação do voto.
Sabemos da grande frustração de todos, vendo que passados os
meses de praxe, da velha "arrumação da casa", o grande alvo da nossa
esperança não disse ainda a que veio. Se virmos a cidade com olhos que vão além
do "dever de casa", veremos que a cidade está tão abandonada quanto
antes. Um recapeamentozinho aqui, um asfaltamentozinho acolá, tudo dentro do
básico, o mínimo para que a cidade não atole de vez, além das muitas palavras -
estas sim, fartas -, e o essencial está no abandono: a saúde, a educação, o
transporte, o trânsito e a ordem pública. De maneira especial, a saúde, que
quanto mais presente nos discursos, mais distante na ação; na prática; nos
efeitos; na satisfação do povo mageense.
Creio que um prefeito que não faz nem mesmo o básico (cuidar
das ruas da cidade) tem que ser banido do poder público, mas aquele que o faz,
e tão só isso, não deve ser aclamado. Afinal, se dentro de uma casa não
cuidarmos nem das vasilhas, da poeira nos móveis e no chão, e da remoção do que
está indevidamente no meio da sala, não merecemos sequer morar. E tudo o
que se fez até agora, na atual gestão, foi isso: lavar vasilhas, espanar e
mexer em coisinhas. Às vezes, com muito estardalhaço.
Não vamos adotar a máxima de que na gestão passada
"éramos felizes e não sabíamos", porque não éramos. Éramos infelizes
e sabíamos. Foi bom mudarmos, porque a mudança é sempre boa, mesmo quando nos
frustra, e demonstra uma reação; revela que se está atento e disposto a novas
mudanças... e é assim que tem que ser. Nada de voltarmos ao passado nas
próximas oportunidades eleitorais, por causa do choque presente! Vamos
continuar mudando! Nunca repetindo prefeito! Fazendo sempre andar a fila, como
deve ser com namoro e casamento que não deram certo, para que não caiamos no
mesmo erro.
No mais, o pedido de desculpas por termos apresentado a
vocês mais um personagem que decepciona. Mais um executivo que não executa. Que
pede por caridade aos vereadores que o podam, e carece de licença da oposição
para ser prefeito; para fazer a cidade crescer, realizar os projetos que tem,
de fato, que até gostaria de realizar, mas falta pulso. Falta coragem para
bater de frente contra interesses que se interpõem à cidade; estão à frente dos
eleitores, dos cidadãos comuns, daqueles que deveriam ser os mais respeitados
nesta história.
Perdoem,
mas por favor... não voltemos ao passado. Vamos em frente. Por aí tem gente que
merece; ainda vamos descobrir. Façamos a fila andar, deixando para trás
mais um protótipo do nosso sonho de um grande administrador... um político mais
humano do que político.
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