segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Lionel Messi tenta hoje o quarto título de melhor jogador do mundo

Messi está prestes a fazer história. Eleito o melhor jogador do planeta nos últimos três anos (de 2009 a 2011), o argentino pode conquistar hoje, às 16h, em Zurique, na Suíça, o seu quarto título. De quebra, o meia-atacante vai se tornar o primeiro atleta a levar a Bola de Ouro — concedida anualmente pela revista France Football, agora em parceria com a Fifa — quatro vezes seguidas. Favorito ao tetra, La Pulga terá adversários de peso pela frente: o português Cristiano Ronaldo e o espanhol Andrés Iniesta.
A simpatia e o futebol arte de Messi seriam suficientes para convencer a maioria do colégio eleitoral, formado por treinadores e capitães dos países filiados à Fifa e jornalistas. Mas o argentino foi além. Em 2012, fez 91 gols. Ele quebrou o recorde de 85 registrado pelo alemão Gerd Muller, em 1972. A marca permanecia intacta há 40 anos. Além disso, tornou-se, em março, o maior artilheiro da história do Barcelona. César Rodríguez ficou para trás. Embora só tenha conquistado a Copa do Rei, o craque ainda foi artilheiro do Espanhol com 50 gols da Liga dos Campeões com 14 — cinco deles em um só jogo, contra o Bayer Leverkusen — e goleador máximo da Argentina no ano com 12 bolas na rede.
Diante de todos esses números, Messi está próximo de colocar, mais uma vez, água no chope dos espanhóis. Isso porque a Bola de Ouro existe desde 1956. Desde então, os clubes da Espanha ganharam 49 títulos internacionais. A seleção, um tricampeonato na Eurocopa (1964, 2008 e 2012) e a inédita Copa do Mundo em 2010. No total, 53 troféus. Neste mesmo período, apenas um jogador nascido no país ibérico levou para casa o prêmio individual. Luis Suárez, do Barcelona, foi eleito o melhor do mundo em 1960. O tabu de 52 anos teria caído há muito tempo se não existissem duas pedras no meio do caminho da geração dourada: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são os favoritos a deixar a Espanha ainda mais furiosa na festa de gala, na Suíça.
Andrés Iniesta é o único representante espanhol na final. Em ano de Eurocopa, o meia tinha tudo para ser uma barbada. Afinal, levou a Fúria ao tri continental nos 4 x 0 sobre a Itália. No entanto, o craque está vacinado. Em 2010, deu show na Copa do Mundo. Fez até o gol do título na final, contra a Holanda. No fim do ano, viu a Bola de Ouro terminar nas mãos de Messi. A frustração foi a mesma em 2009 e 2011. O maestro terminou em quarto lugar. Xavi, outro símbolo de excelência da fantástica e vitoriosa geração, jamais foi além do terceiro lugar, em 2009, 2010 e 2011. Casillas, David Villa, Fernando Torres, Fàbregas, Puyol, Xabi Alonso e Piqué também foram indicados de 2008 para cá, mas não quebraram o monopólio de Cristiano Ronaldo, vencedor em 2008; e Messi, campeão de 2009 a 2011.

De Marcos Paulo Lima - Correio Brasiliense

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