terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DRAMA DO LIXO SE AGRAVA EM DUQUE DE CAXIAS

Matéria veiculada no site Baixada Fácil nesta terça-feira 18 de dezembro, dá um panorama da situação que a cidade de Duque de Caxias enfrenta, por causa do excesso de lixo na cidade e a iminência de o município não ter mais onde depositar o lixo que atualmente vai para o bairro Figueira. Abaixo, a íntegra da matéria do Baixada Fácil:

O Município de Duque de Caxias pode deixar de depositar seu lixo na área de transbordo da Figueira e entrar em colapso caso o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) não prorrogue a sua licença de uso. O alerta foi feito pelo prefeito José Camilo Zito, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, 17, na Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico e Políticas Sociais (Fundec). Caso isso aconteça, a prefeitura vai decretar Situação de Emergência Sanitária na cidade.
O acordo firmado entre a prefeitura e a Comlurb pelo fechamento antecipado do aterro, que contratou a empresa SERB (Saneamento e Energia Renovável do Brasil S.A) para manutenção do transbordo e o transporte do lixo até o seu destino final em Seropédica, foi interrompido no dia 22 de novembro. A empresa alegou prejuízo na operação. Hoje, a prefeitura gasta R$ 9 milhões com o lixo, sendo R$ 3 milhões somente com a logística (transbordo e transposte).

Com o decreto, o poder público municipal poderá contratar para substituir o serviço da SERB, de forma emergencial, uma empresa para transporte até destinação final do lixo para uma Central de Tratamento de Resíduo autorizado. Outra prerrogativa do decreto é, havendo recusa de outros locais para receber o lixo do município, dar base legal para a prefeitura entrar na justiça com o objetivo de manter a área de transbordo aberta.

De acordo com o prefeito Zito, a cidade recebeu por quase quatro décadas o lixo do Rio e da Baixada no Aterro do Jardim Gramacho. “Eles vazaram seu lixo aqui, agora estamos pedindo auxílio para deixar a cidade limpa”, disse, ressaltando que o problema começou com o fechamento antecipado do aterro de dezembro para junho deste ano. Segundo Zito, a ampliação do prazo para a operação do transbordo e a permissão para despejo de 300 a 500 toneladas de detritos por dia seriam necessárias para deixar a cidade normalizada.

“A prefeitura está empenhada em resolver esta questão. Hoje, coletamos 2 mil toneladas de lixo por dia, antes eram 1.200. Limpamos um local e em 20 minutos ele está sujo novamente. Ocorrem muitos despejos clandestinos e isso atrapalha muito”, disse Zito. O prefeito agradeceu a ajuda da prefeitura de São João de Meriti por permitir que o lixo da cidade seja colocado no transbordo do município vizinho enquanto espera uma solução em parceria com o estado e a prefeitura do Rio.

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