terça-feira, 2 de outubro de 2012

SERÁ QUE POVO DE GUAPIMIRIM QUER VOTAR EM MÁSCARA?


A notícia de que a renúncia de Ismeralda Rangel à sua candidatura para prefeita de Guapimirim deu lugar a uma nova chapa, formada por Marcos Aurélio Dias e Wagi Faraht, no mínimo é redundante e suspeita. Trata-se de uma jogada da candidata que, na verdade, já estava afastada pelo partido. A pergunta que o eleitor se faz é a seguinte: “ué; Ismeralda não estava fora? Não tinha renunciado? Como se substitui uma renúncia, utilizando a mesma chapa?”. É complicado, mas aí está: parece mesmo que sai Ismeralda e entra Marcos Aurélio, que até então estava fora dessa cama-de-gato que se formara na cidade, com os escândalos ainda recentes, que resultaram prisões e afastamentos de vários membros do poder público e de pessoas ligadas a eles.
Como essa coisa toda parece uma grande esperteza, ou um jogo, e esse jogo certamente poderá dar um nó na cabeça do eleitorado Guapimirinhense, talvez seja caso de os partidos opostos aceitarem a partida e moverem suas pedras, agindo com critério. Que tal se a cabeça do eleitor puder ser aliviada com a distribuição de cópias do documento de renúncia da Ismeralda? Será uma atitude decente, prevenir que ninguém vote em quem não deseje. Afinal, quem garante que os eleitores de Ismeralda são, obrigatoriamente, eleitores de Marcos Aurélio? Quem pode assegurar que esse eleitor não buscará outra alternativa, diante da retirada de sua candidata?
Respeito. É apenas respeito, o que se busca. O eleitor de Guapimirim não pode servir de joguete nas mãos de quem quer de qualquer maneira chegar ao comando da cidade, ainda que por meio de outra pessoa, já que a justiça o impediu. E se a esperteza dessa gente é válida, nada impede que os oponentes não sejam tolos e respondam, sem ferir a lei, de modo a deixar o eleitor também “esperto”. Sabedor de que Ismeralda não está no páreo, todos têm o direito de saber que o seu rosto lá na urna, no dia 7 de outubro não será de fato seu rosto. Será uma máscara sobre o rosto de Marco Aurélio. Será que o povo desejará votar na máscara?

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