segunda-feira, 27 de maio de 2019

FRAGOSO - CIDADANIA INTERROMPIDA

O choque de moralidade promovido Prefeitura de Magé vai exigir muito; muito esforço e critério do poder público, no que se refere a Fragoso, no sexto distrito de Magé. Em todos os distritos há abusos, e a determinação do prefeito Rafael Tubarão coibi-los, mas em Fragoso, que se tornou um grande pólo gastronômico nos últimos anos, é também um pólo de abusos.
São muitos os comerciantes de Fragoso, que não respeitam os transeuntes: Enchem as calçadas de cadeiras, impedindo a passagem dos que vão e vêm, como se apenas a clientela tivesse direitos. Há casos em que pessoas idosas, crianças e mulheres com carrinhos de bebê são obrigadas a sair das calçadas e passar no asfalto, entre carros em movimento, porque não há espaço adequado. E quem insiste em passar assim mesmo, pedindo licença entre as multidões, é muitas vezes constrangido com ofensas e deboches ou simplesmente não consegue.
Apesar das ações da prefeitura nos últimos meses, tentando coibir tais abusos, novas casas comerciais abrem as portas e repetem os mesmos atos. O Bar Salvô, bem novo no bairro, simplesmente elevou a calçada o máximo que conseguiu, e ficou com todo o espaço para si. A calçada virou seu pátio, parte do estabelecimento, e o que restou para quem passa daquele lado da rua foi a estrada e pronto. Agora, passar  no que era a calçada é invadir o estabelecimento. E dá problema. Os idosos, em especial, nem aguentariam subir a rampa, caso tentassem.
Onde não há estabelecimentos, as calçadas também são ocupadas indevidamente. Carros das pessoas que frequentam o local ficam estacionados exatamente em cima das calçadas. Fecham, da mesma forma, completamente as calçadas, impedindo o direito de ir e vir dos pedestres. E há motoristas agressivos com quem passa esbarrando em seus, como se estivessem, os transeuntes, ferindo a lei por passarem no espaço que lhes é de direito.
Em Fragoso, a cidadania é interrompida nas calçadas. E isso repete a desigualdade social que já é imensa no país: os direitos pertencem a quem tem mais; a quem consome mais; a quem tem mais poder de ostentação. A Prefeitura de Magé tenta conter tudo isso. mas está bem difícil. Desejamos o devido sucesso à operação Choque de Moralidade.

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