Cantora
e compositora, Beth Carvalho era conhecida como a Madrinha do Samba e foi um dos
maiores nomes da história no gênero musical. Ela morreu no Rio terça-feira, 30 de abril, aos
72 anos. Beth foi internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, no início de 2019. A causa da morte foi infecção generalizada, como informou o hospital.
Com
mais de 50 anos de carreira, dezenas de discos gravados e sucessos como
"Andança" e "Coisinha do pai", Beth Carvalho era
considerada madrinha de artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge
Aragão – daí o apelido de madrinha do samba.
No ano de 2018, com a mobilidade muito reduzida pelos efeitos do problema na
coluna, Beth fez um show considerado histórico. Ao lado do grupo fundo de Quintal, a cantora mostrou
sua força cantando deitada. Desfilou seus sucessos no show Beth Carvalho encontra Fundo
de Quintal – 40 anos de pé no chão.
Beth gravou
o seu primeiro compacto simples, com a música “Por quem morreu de amor”, de
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Andanças, o seu sucesso inesquecível, foi título
de seu primeiro LP, lançado em 1969.
Depois do ano de 1973, passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos, a exemplo de “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”,
“Firme e Forte” e “Vou Festejar”.
A madrinha fez inúmeras apresentações em cidades ao redor do mundo, subiu ao palco do Carnegie
Hall, em Nova York, teve sua música representada no espaço, em
1997. A música Coisinha do pai, em sua voz, foi programada pela engenheira brasileira da Nasa,
Jacqueline Lyra, para “despertar” um robô no planeta Marte.
Falar do talento, do carisma, da alegria e do grande coração da sambista mangueirense há de ser sempre um pleonasmo, porque Beth era tudo isso. Não tinha. Era. Uma perda imensa, e dolorosa, para o meio artístico e para um povo que tem nas veias a cadência do samba.

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