O juiz legendário Sérgio Moro, que ganhou notoriedade na Operação Lava jato e e foi responsável pela prisão do ex- presidente Lula entre outros políticos, acaba de deixar o cargo de juiz federal para ingressar na política, como ministro da justiça. Deixa para trás a Lava-Jato. Durante os mais de quatro anos em que foi o juiz da operação, Moro recebeu em contrapartida aos muitos elogios, acusações de tomar medidas excessivas e motivadas por razões políticas. O PT, por exemplo, fez todos os esforços para politizar a condenação e a prisão do ex-presidente sempre afirmou com certeza, que o juiz agia politicamente.
O Brasil inteiro se divide entre os que acham que isso é balela e os que concordam com o PT. É inegável, no entanto, que ao passar a compor o governo Bolsonaro, Moro acaba por deixar implícito que, no fundo, tinha preferências e ambições pessoais. A verdade, mesmo, é que nada disso compromete suas decisões jurídicas, sendo apenas desconfortável para sua imagem. Fica pecha do juiz que mandou prender um ex-presidente e depois assumiu um cargo no governo adversário do político condenado por ele.
Moro é um grande homem. Ninguém dirá que não. Mas não terá como fugir das críticas a partir de agora, nem como não ser monitorado o tempo todo pela oposição a Bolsonaro. Oposição que passa, automaticamente, a ser frontalmente seu desafeto definitivo e com um bom argumento.
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