sexta-feira, 7 de julho de 2017

SOBRE A VIOLÊNCIA EM PIABETÁ E A POLÍTICA NACIONAL

O alvejamento de três policiais em Piabetá, na noite de quinta-feira 6 de julho dá um panorama de como a violência está presente em todos os cantos de qualquer cidade do Rio de Janeiro. Até poucos anos atrás, Piabetá era tranquilo, como se podia dizer do centro de Magé e de toda a cidade, alguns anos mais. Mas isso é previsível, diante da crise criada pelo governo federal, visando a criação do caos e a invenção de um futuro salvador a ser eleito por um povo vencido pelo cansaço. 
Fazem parte desse projeto macabro, o desmantelamento da instituição policial, a desestruturação da educação, da saúde pública, os índices absurdos do desemprego, a fome, as doenças, a insegurança. Quanto maior o caos, maior o impacto eleitoreiro, quando surgir o salvador para dar uma festa de algum tempo e depois estabelecer novamente o caos, com vistas a outro salvador, e assim por diante. Quanto maior o caos, maior a vantagem do poder maior e seus parceiros.
Noticiar mais essa violência da noite do dia 6, com todos os detalhes, é cansar o leitor com um assunto repetitivo, banalizado, e fazer coro ao terror eleitoreiro dos governos estadual e federal, cujos objetivos estão em sintonia. Continuamos acreditando nas urnas como a solução para mudarmos o país. Do que precisamos não é a volta da ditadura militar nem a mudança do regime eleitoral. Precisamos, sim, da mudança de postura popular; de mais observação e consciência.
É urgente sabermos quem é quem na política nacional. Quem são os nossos carrascos presentes e quais podem ser os nossos carrascos futuros, se continuarmos a aceitar a imposição de nomes que representam o continuísmo do que aí está. Os que passaram pelo poder, e os que têm qualquer ligação, por mínima que seja, com eles, são a certeza desse continuísmo. A renovação que o país exige não pode ser parcial. Tem que ser completa, irrestrita e criteriosa.

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