O presidente Michel Temer se
reuniu com ministros e líderes do PMDB para tratar de assuntos relacionados ao
que vem ocorrendo em seu governo, desde o estouro das últimas notícias que o
envolvem negativamente. Seus aliados se dizem surpresos com a firmeza que o
presidente pelo menos tem feito transparecer. Temer garantiu a todos que
recorrerá de todos os passos da justiça contra ele, utilizando de quaisquer
meios jurídicos à sua disposição.
A aposta do Planalto é de que o
julgamento da chapa Dilma-Temer, marcado para 6 de junho, não vai terminar até
o dia 8. Além disso, ainda existe a expectativa de que ministros peçam vista, mesmo com toda a pressão política por um
desfecho rápido. A declaração do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, de
que o Tribunal não resolve crises políticas não foi visto como um ultimato.
Para o planalto, Gilmar deixou claro que a questão será decidida juridicamente.
Não com base em pressões políticas, e todos por lá crêem que no campo jurídico,
Temer tenha suas armas.
Caso Temer perca mesmo o mandato,
as eleições indiretas serão comandadas pelo presidente do Congresso, senador
Eunício Oliveira (CE). Por isso, a avaliação do Planalto é de que há vácuos na
lei. Crê-se que não é certo que a eleição será bicameral (Câmara primeiro e
Senado depois). No sábado, o presidente do Congresso esteve com Temer, logo
depois depois do ex-presidente José Sarney, e viajou no domingo ao lado do
presidente para Alagoas e Pernambuco, para ver os estragos das chuvas.
Eunício tem adotado o discurso de
que atua para aprovar as reformas do país e não de Temer. Ele afirma que sua
tentativa é de manter uma postura institucional, se tiver que comandar um
processo de eleição indireta. Mas ele afirma que só falará mais amiúde sobre o
assunto, se o cargo de presidente da república realmente ficar vago.
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