terça-feira, 18 de outubro de 2016

COMO FICARÁ O RIO DE JANEIRO DEPOIS DA FALÊNCIA?

Se estamos lidando com a verdade por parte do poder público estadual do Rio de Janeiro, falta bem pouco tempo para que o governador em exercício Francisco Dornelles (foto) declare estado de falência. São muitas as verdades e muitas as mentiras sobre as razões e as consequências desse ato. 
Conforme o cientista político Bruno Kazuhiro, a principal diferença entre a falência e o estado de calamidade pública que já está decretado é o pagamento de credores. Hoje o Rio já tem a possibilidade de comprar sem licitação, devido a calamidade pública, não dar aumento de salário e reajuste aos servidores públicos.
No momento em que decreta falência é como se fosse uma empresa entrando em recuperação judicial. O estado pode renegociar as dívidas, ele pode basicamente dar um calote, parar de pagar as dívidas e tentar em negociação com os credores.
O Rio deve sair da calamidade pública para o muito mais greve estado de falência, porque provavelmente não está conseguindo fazer frente ao pagamento dos títulos emitidos, dos empréstimos e afins.
No futuro isso deixa os juros de prováveis empréstimos mais caros para o estado. Assim como uma pessoa que entra no SPC ou Serasa, o Estado do Rio será visto como mal pagador e terá dificuldades futuras para conseguir crédito.
Mas a previsão é incerta, diz Bruno Kazuhiro, já que depois da Constituição de 1988 nunca houve um estado da federação que tenha se declarado falido. Vale lembrar que em setembro de 1988 o então prefeito Saturnino Braga decretou a falência do município do Rio, uma semana antes de promulgada a nova Carta.

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