sexta-feira, 18 de março de 2016

CASO LULA: JUSTIÇA TENTA IMPEDIR JUSTIÇA

Foi derrubada nesta quinta-feira 17 de março, uma decisão liminar (de caráter provisório) da 4ª Vara do Distrito Federal, que havia suspendido a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chefia da Casa Civil. Mas o ex-presidente ainda não teve como festejar. A nova decisão ainda não permite a Lula o exercício as funções do cargo. O problema extra é outra decisão, da 6ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro, que também impede Lula de assumir o cargo. Ambas as decisões, de primeira instância, têm o mesmo peso. 
 Advocacia Geral da União (AGU), que faz a defesa do governo na Justiça, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de todas as ações que tramitam no país contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil. A AGU apresentou uma lista de outras 23 ações já protocoladas na Justiça Federal. Assinado pelo ministro José Eduardo Cardozo, o pedido visa suspender suspender a decisão da 4ª Vara do Distrito Federal, que suspendeu a nomeação do petista na manhã desta quinta, e todas as eventuais decisões contra a permanência de Lula no governo, que vierem a surgir doravante.
Uma luta ferrenha pela impunidade. A população brasileira espera ansiosamente um desfecho dessa patuscada, para gradativamente voltar a crer na justiça. Crer, sobretudo, que magistrados como o juiz Sérgio Moro não estão sozinhos. E que a justiça pode, sim, agir com arroubos de cidadania, desde que tais arroubos não embotem sua visão da realidade e sejam necessários para impedir que nomes de peso cometam crimes impunemente. Foi o que fez Moro, tanto como magistrado quanto como cidadão.

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