sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SOBRE O AUTO DA CASSAÇÃO DE NESTOR

A Câmara de Magé começou o ano de 2016 encenando o auto da cassação do mandato do prefeito Nestor Vidal. A casa alega várias irregularidades do governo, com desvio de altas quantias, uma delas envolvendo a Clinica Cidade, no centro de Magé.  A medida foi aprovada por maioria dos vereadores, em sessão ordinária. Sobre a clínica, apurações concluem ter havido crime na prestação de serviços pelo convênio firmado entre a mesma e a Prefeitura Municipal de Magé entre 2011 e 2014. O salto teria sido imenso e surreal: o contrato de prestação de serviços laboratoriais da Clinica Cidade com a prefeitura pulou de 10 mil reais para mais de R$ 5446 milhões.
O relatório aponta veementemente a discrepância no valor nominal dos contratos, assegurando a impossibilidade de um crescimento populacional tão grande em tão pouco tempo. A evidência de crime se agrava, diz o relatório, devido ao alto poder aquisitivo do prefeito Nestor Vidal, comparado com o período em que ele era um sócio comum da clínica, por ainda não ser prefeito. Tudo está bem caracterizado no acréscimo vertiginoso de faturamento oriundo dos cofres municipais. 
Entre outros, mais dois relatórios a serem finalizados tratam de possíveis irregularidades na folha de pagamento municipal e na parceria com a Masan, fornecedora de merenda escolar. Em ambos os casos, diz relatório, há fortes indícios de muita coisa errada. Resta saber se o processo irá mesmo em frente. A pergunta surge de outra pergunta que muitos já estão fazendo ao saberem que logo após a sessão para o assunto, seis vereadores da maioria a favor da cassação foram almoçar em Teresópolis, terra de Nestor. Almoçar não é proibido; no entanto se tal almoço é com quem, e com o fim que todo mageense tem razão de pensar, Eis aí uma grande molecagem. 

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