sábado, 10 de outubro de 2015

MAGEENSE SE REVOLTA E PROTESTA CONTRA CRT

Eram aproximadamente 19h30 da sexta-feira dia 9, quando um grupo de aproximadamente 150 manifestantes iniciou um protesto que fechou completamente a pista sentido serra da rodovia Rio-Teresópolis (RJ-116), na praça de pedágio da CRT. Foi necessária forte intervenção policial para que, somente após 21h30 o trecho fosse liberado. Por causa do protesto, o congestionamento em direção à Região Serrana chegou a mais de 11km. 
Por volta das 21h a Polícia Rodoviária Federal conseguiu liberar meia pista e o Batalhão de Choque também foi acionado. Chegou lançar bombas de efeito moral contra o grupo, gerando maior revolta que resultou o incêndio de um ônibus depois de todo o movimento. Há informações de que ninguém foi preso e não houve feridos. O protesto foi realizado em resposta ao direito que a CRT adquiriu na justiça, de fechar o retorno de desvio do pedágio. Com isso, moradores da cidade de Magé, que usavam esse retorno, passarão a pagar metade do valor da tarifa, e somente os moradores do entorno da praça terão isenção, como sempre tiveram, mesmo informalmente. Já os motoristas de outras cidades perderão o direito de não ter dinheiro para o pagamento de tarifa, perdendo com isso, o direito de ir e vir. A CRT conseguiu todo esse privilégio com o auxílio da Prefeitura de Magé, que, sob a desculpa de lutar na justiça contra a concessionária, na verdade atuou em favor da mesma, gerando um acordo e uma ordem judicial que beneficia tão somente a CRT. Grande parte da sociedade civil também desconfia de que o Prefeito Nestor Vidal tenha sido beneficiado, pessoalmente, com o que é visto como uma jogada.
Faz poucos dias que falamos a respeito do quanto a CRT saiu ganhando ao "perder" na justiça, com o artigo intitulado CRT: CONDENADA A SER PREMIADA. Releia abaixo e reflita mais uma vez sobre a estranha condenação, o a estranha conquista da prefeitura, que se configura um presente de grego para o cidadão:
"A decisão judicial pela qual a CRT foi condenada a ser premiada com a permissão de fechamento do retorno antes do ponto principal de cobrança e a instalação de um portão na saída da via alternativa na Vila Recreio mostra de forma evidente a jogada que a concessionária conseguiu para faturar ainda mais do que faturava. Um número reduzido de pessoas, as que moram no entorno das praças de pedágio tem a isenção, um número um pouco maior ganha um desconto de cinquenta por cento, mas milhares e milhares de pessoas que não pagavam, porque usavam o retorno, inclusive os mageenses, passam a pagar. Onde está a vitória da Prefeitura de Magé sobre a CRT? Na verdade, ninguém entre a população saiu ganhando, uma vez que o retorno já era, de fato, a isenção total, ainda que informal, de todos os que sentiam no bolso o peso de uma das tarifas mais caras do país. Continuará não pagando, uma parte de quem já não pagava, passará a pagar a metade a outra parte que também não pagava, e todos os demais não terão mais como escapar. Vitória total da CRT, ou seja: de certo modo, a prefeitura foi à justiça não contra, mas a favor do pedágio. Por que será?".

Para o manifestante Antonio, existe uma forma de fazer com que a CRT sinta o peso de sua covardia contra os usuários. Ele disse que basta o motorista chegar ao guichê da CRT e dizer que não tem dinheiro para pagar a tarifa. O motorista não terá cometido nenhum crime, pois ainda não atravessou o guichê, e a CRT terá que liberá-lo, de alguma forma. De que forma? Não importa, pois a concessionária jamais quis saber como os usuários se viram para desembolsar diariamente, na maioria das vezes com ida e volta, para pagar um dos pedágios mais caros do país. 
Não sabemos a base de tal argumentação, mas o certo é que não se pode entender o poder absoluto de uma concessionária particular sobre todos os poderes e toda a população.

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