Eram aproximadamente 19h30 da
sexta-feira dia 9, quando um grupo de aproximadamente 150 manifestantes iniciou um protesto que fechou completamente
a pista sentido serra da rodovia Rio-Teresópolis (RJ-116), na praça de pedágio
da CRT. Foi necessária forte intervenção policial para que, somente após 21h30
o trecho fosse liberado. Por causa do protesto, o congestionamento em
direção à Região Serrana chegou a mais de 11km.
Por volta das 21h a Polícia
Rodoviária Federal conseguiu liberar meia pista e o Batalhão de Choque também
foi acionado. Chegou lançar bombas de efeito moral contra o grupo, gerando
maior revolta que resultou o incêndio de um ônibus depois de todo o movimento.
Há informações de que ninguém foi preso e não houve feridos. O protesto
foi realizado em resposta ao direito que a CRT adquiriu na justiça, de fechar o
retorno de desvio do pedágio. Com isso, moradores da cidade de Magé, que usavam
esse retorno, passarão a pagar metade do valor da tarifa, e somente os
moradores do entorno da praça terão isenção, como sempre tiveram, mesmo
informalmente. Já os motoristas de outras cidades perderão o direito de não ter
dinheiro para o pagamento de tarifa, perdendo com isso, o direito de ir e vir.
A CRT conseguiu todo esse privilégio com o auxílio da Prefeitura de Magé, que,
sob a desculpa de lutar na justiça contra a concessionária, na verdade atuou em
favor da mesma, gerando um acordo e uma ordem judicial que beneficia tão
somente a CRT. Grande parte da sociedade civil também desconfia de que o
Prefeito Nestor Vidal tenha sido beneficiado, pessoalmente, com o que é visto
como uma jogada.
Faz poucos dias que falamos a
respeito do quanto a CRT saiu ganhando ao "perder" na justiça, com o
artigo intitulado CRT: CONDENADA A SER PREMIADA. Releia abaixo e reflita mais
uma vez sobre a estranha condenação, o a estranha conquista da prefeitura, que
se configura um presente de grego para o cidadão:
"A decisão judicial pela qual
a CRT foi condenada a ser premiada com a permissão de fechamento do retorno
antes do ponto principal de cobrança e a instalação de um portão na saída da
via alternativa na Vila Recreio mostra de forma evidente a jogada que a
concessionária conseguiu para faturar ainda mais do que faturava. Um número
reduzido de pessoas, as que moram no entorno das praças de pedágio tem a
isenção, um número um pouco maior ganha um desconto de cinquenta por cento, mas
milhares e milhares de pessoas que não pagavam, porque usavam o retorno,
inclusive os mageenses, passam a pagar. Onde está a vitória da Prefeitura de
Magé sobre a CRT? Na verdade, ninguém entre a população saiu ganhando, uma
vez que o retorno já era, de fato, a isenção total, ainda que informal, de
todos os que sentiam no bolso o peso de uma das tarifas mais caras do país.
Continuará não pagando, uma parte de quem já não pagava, passará a pagar a
metade a outra parte que também não pagava, e todos os demais não terão mais
como escapar. Vitória total da CRT, ou seja: de certo modo, a prefeitura foi à
justiça não contra, mas a favor do pedágio. Por que será?".
Para o manifestante Antonio,
existe uma forma de fazer com que a CRT sinta o peso de sua covardia
contra os usuários. Ele disse que basta o motorista chegar ao guichê da CRT e
dizer que não tem dinheiro para pagar a tarifa. O motorista não terá cometido nenhum
crime, pois ainda não atravessou o guichê, e a CRT terá que liberá-lo, de
alguma forma. De que forma? Não importa, pois a concessionária jamais quis
saber como os usuários se viram para desembolsar diariamente, na maioria das vezes com ida e volta, para pagar um dos pedágios mais
caros do país.
Não sabemos a base de tal argumentação, mas o certo é que não se pode entender o poder absoluto de uma concessionária particular sobre todos os poderes e toda a população.
Não sabemos a base de tal argumentação, mas o certo é que não se pode entender o poder absoluto de uma concessionária particular sobre todos os poderes e toda a população.
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