segunda-feira, 17 de agosto de 2015

ATÉ QUE O BRASIL DÊ CERTO

Paulo César dos Santos
O domingo, 16 de agosto, foi de protestos contra o governo Dilma, com pedidos de impeachment da presidente e prisão de políticos envolvidos em escândalos, falcatruas e roubos, como é o caso dos citados na Operação Lavajato, que investiga os vultosos desvios de verba e outras operações criminosas na Petrobras. 
Mas o que é também lamentável é o fato de que são enormes os interesses político-partidários nesses movimentos encabeçados por membros de partidos, ou por partidos, visando ocupar o vácuo futuramente deixado por Dilma. Para tanto, manipula-se o povo, especialmente os mais pobres e os menos informados. O que se viu em cada estado, especialmente nas grande cidades, foi o comando de integrantes, por exemplo, do PSDB, entre outros partidos polítricos, seguidos de gente que parecia nem saber o que fazia entre a multidão.
Há um grande desejo popular de justiça, sim, e até mesmo da saída da presidente Dilma, do poder, por causa de seu governo desastroso e das manobras do PT para se perpetuar no poder político do Brasil, mas não se há de querer a volta dos que se foram também porque praticaram corrupção, porque também não governaram com lisura e pelo povo, e também afundaram de alguma forma o Brasil, fomentando a miséria e a ignorância.
Achamos que as urnas estão bem perto de manifestar qual é de fato o desejo do povo brasileiro que hoje sabe, sim, o que realmente quer. Fica confuso, às vezes se deixa enganar, mas sabe o que quer para suas famílias e para o país. E é justamente a proximidade das eleições que faz os oportunistas partirem para o teatro em massa, levando consigo essas pessoas confusas sobre o que fazer e em quem acreditar mais uma vez.
Acreditamos ainda na resposta popular, por meio do voto, ao desgoverno que se instalou no país, mas não como forma de premiar partidos e líderes partidários que sempre representaram o atraso. O anti-progresso. A repressão e a recessão. Deixemos o povo tirar conclusões próprias e fazer justiça com as próprias mãos os dedos sobre as teclas das urnas.
O presente está ruim. Tem que ser mudado. Mas o passado também era ruim. Se há pouco tempo apostamos no novo e deu no que deu, nem por isso voltaremos a apostar no velho; no ultrapassado. Continuemos a apostar no novo; de fato novo; não nos filhotes dos que já se foram. Façamos isso até que dê certo.

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