segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

REFORMA: DILMA ENFRENTA "OLHO GRANDE"

Logo depois do recesso de ano novo, a presidente Dilma  volta a Brasília para tentar conciliar a pressão dos aliados que brigam entre si por mais espaço na reforma ministerial, diante da limitação de cargos. Para atender a todos, Dilma teria que ultrapassar o limite estabelecido de 39 ministros. Mas parece que isso não é cogitado.
Como sempre, o PMDB quer quase tudo, e já avisou que deseja a Integração Nacional para o senador paraibano Vital do Rego. Quer também manter o Turismo com a bancada da Câmara. Já o PTB está quietinho diante da promessa de que terá um cargo no primeiro escalão, em troca do apoio a Dilma. O Pros, novo partido governista, também reivindica uma pasta e pediu a Saúde para Ciro Gomes, o que foi vetado pelo PT. O PP quer manter o Ministério das Cidades, que também está na mira dos peemedebistas. Enquanto isso, o PRB ambiciona o Ministério da Pesca,e o PR sonha com a recuperação dos cargos de segundo escalão do Ministério dos Transportes.
Dilma também tem pela frente o desafio de conciliar os interesses do próprio PT. Os ministros Alexandre Padilha, da Saúde, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, pretendem deter seus cargos até março, pois visam visibilidade até entrarem na disputa em São Paulo e Minas Gerais. Ao mesmo tempo, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann demonstra preferência por sair em janeiro para planejar campanha no Paraná. Com isso, Aloizio Mercadante, da Educação, é o mais cotado para assumir o cargo. O reconhecimento comum é o de que será preciso ceder, em nome da garantia de tempo hábil no horário eleitoral gratuito. Entretanto, são muitos os problemas, e a presidente estabeleceu um prazo longo para a reforma, que vai da segunda quinzena deste mês ao carnaval, em março de 2014. O estopim está aceso.

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