A presidente Dilma Rousseff disse em nota oficial que, se comprovada a espionagem dos Estados Unidos sobre a Petrobras, os motivos terão sido "interesses econômicos e estratégicos". Reportagem recente na televisão revelou documentos de que a estatal estaria entre os alvos da Agência Nacional de Segurança. A presidente disse que a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país, fazendo referência a justificativas apresentadas pelo governo americano para os seus atos de espionagem, que incluiriam identificação e interceptação do conteúdo de comunicações por telefone, e-mails e mensagens eletrônicas.
Dilma reafirmou que a Petrobras "representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo, e um patrimônio brasileiro". Também garantiu que o governo está empenhado em colher esclarecimentos dos EUA sobre todas as violações "eventualmente" praticadas, além de exigir medidas inequívocas capazes de afastar definitivamente qualquer possibilidade de "espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos". Amanhã, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, deverá ter um encontro com a assessora-chefe de Seguranca Nacional da Casa Branca, Susan Rice, em Washington, para discutir o assunto.
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