quinta-feira, 15 de agosto de 2013

POÇO ESCURO NÃO ESCONDE FRUSTRAÇÃO COM NESTOR

Dia 13 de agosto, sábado, foi dia de mais uma manifestação em Poço Escuro - Santo Aleixo, por causa do fechamento de uma rua. A reunião marcada para esse dia, com o prefeito nestor Vidal, por compromisso do vereador Diarone, ocorreu sem o prefeito. Diarone chegou constrangido ao local - Rua Bom Jardim, mais conhecida como Rua da Santa - e disse que não estava lá como vereador, e sim como morador. Explicou que o prefeito tinha outros compromissos e por isso não pôde comparecer, mas enviou para representá-lo, os secretários Leandro Vidal (meio ambiente) e Habitação (Gustavo Morgado), além de um geólogo. 
Explicando a situação: Tudo começou quando uma encosta se rompeu próximo ao Colégio Estadual Joaquim Leitão, e com o cedimento do solo, a prefeitura interditou a Rua Bom Jardim, que dá acesso ao Poço Escuro e onde funcionam: escolas, igrejas, pizzarias, indústria de massas e uma grande variedade de comércio. Com o carnaval, o trânsito por outra via se tornou caótico, devido ao acúmulo de turistas e a passagem de blocos. Por isso, os moradores, ilhados, decidiram tirar os obstáculos, já que nenhuma providência oficial foi tomada, e voltaram a passar pela rua, mas apenas por um dos lados, o que é bastante difícil e gera transtornos. 
Leandro Vidal explicou que essas situações ocorrem por causa de inúmeras construções irregulares ao longo do tempo, em áreas de risco, além das causas naturais. Segundo ele, o crescimento de árvores em terreno arenoso e de muita pedra, gera o seguinte problema: as árvores se tornam pesadas e com o vento constante as raízes fazem com que o solo ceda e as pedras se soltem. A solução imediata prometida pelo secretário foi a poda das árvores mais pesadas, para diminuição do peso. Trata-se de uma solução paliativa, até que um projeto enviado a Brasília seja aprovado e o trabalho definitivo seja realizado em toda a área afetada ou com probabilidades de ser.
O Secretário de Habitação, Gustavo Morgado foi bastante atencioso, e disse que no Morro do Sertão, por exemplo, existem 84 famílias que precisam ser remanejadas o quanto antes daquela área, pois toda ela é de risco. O problema é que todas essas famílias terão de ser realocadas. Ele informou que há um projeto ainda em trâmites burocráticos, de construção de casas populares, e por enquanto, a prefeitura não tem como resolver esse problema.
A moradora do número 15 da Rua Itaverá, Bianca, disse que tem tido pesadelos, por causa do que já ocorreu e do que ainda pode ocorrer. Ela  tem filhos pequenos, e quando o tempo está chuvoso o medo aumenta. O mesmo medo é compartilhado pela moradora Lilian, que mora bem próximo de onde uma pedra rolou recentemente. Ela também tem filhos crianças e não sabe o que fazer nem com quem contar. Já a moradoras Sônia Maria é a mais apavorada. Em 87 ela perdeu um filho em um acidente dessa natureza, e até hoje nada foi feito por ela.
Moradores narram que em 1981 técnicos estiveram no local e atestaram por laudo que aquela área é de risco, mas até agora nenhuma providência foi tomada. 
Jamir Adriano, conhecido como Suruí, também mora no morro do Sertão, tem dificuldades de locomoção, e se sente abandonado. Jamir já recebeu em sua casa secretários municipais e defesa civil, mas a alegação de todos é de que a Secretaria de Serviços Públicos faça uma limpeza no local, para que ocorram as ações necessárias. A Secretaria em questão foi informada, mas ninguém se mexeu. O morador está frustrado com isso, e com o fato de o prefeito não ter comparecido à reunião para ouvir os moradores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário