quinta-feira, 20 de junho de 2013

PELO HÁBITO DO PROTESTO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A onda de manifestações reivindicatórias que tomaram conta do Brasil, inicialmente por causa de majoração das tarifas de ônibus, depois por causa do custo de vida e da corrupção política entre outros itens, é o que se vê de mais bonito e simbólico nestes últimos anos de muito silêncio. Silêncio de um povo desencantado com tanta injustiça e tanta falta de a quem recorrer, mas também de um poder público podre, sem escrúpulo e totalmente venal, em todas as esferas. Um poder que não tem o que mostrar, muito menos dizer, de proveitoso e confiável.
Apesar de algum vandalismo (não maior do que o vandalismo ideológico diário que os poderes executivo, judiciário e parlamentar cometem diuturnamente contra a população), essa onda precisa virar costume. Ser mais do que uma onda. Temos que adquirir o hábito de reclamar da injustiça, da corrupção, da inflação, o desemprego e tudo que nos revolta. E temos que fazer isso de formas eficientes: com manifestações populares, publicações em pequenas e grandes mídias, cartazes e placas pela cidade... e se a imprensa não quiser nos apoiar, então protestemos contra a imprensa, de tal forma que o nosso poder de grito alcance proporções que assustem os empresários da comunicação e os jornalistas que a compõem.
Não caiamos nas armadilhas montadas para que a sociedade critique a crítica ou se manifeste contra as manifestações, desacreditando a si mesma. São armadilhas de políticos partidários que às vezes articulam as reações adversas para posarem de vítimas do povo, quando na verdade, o povo é a vítima... os algozes são eles. Nem caiamos nas armadilhas dos que tentam nos desarmar com elogios, como fez a presidente Dilma. Como fizeram tantos outros, visando acalmar os ânimos... os bons ânimos da massa que achou a voz e deixou de ser ovelha.
Protestemos contra os políticos, mas também contra os empresários de má fé. Contra o mau atendimento nos serviços público e privado. Contra tudo que nos indigna, constrange ou massacra de alguma forma. Só não sejamos injustos ao protestar. Não usemos a nossa voz para gritar em vão e cometer injustiça. Em suma, não imitemos essas figuras ou entidades contra quem protestamos neste momento, por nos fazerem sofrer.

...                                                                          ...                                                       ...

Agora falemos de Magé: será mesmo, que amanhã teremos nesta cidade uma grande manifestação popular sem qualquer interferência político-partidária? Estaremos lá para conferir. Se percebermos que existe o dedo de qualquer liderança dessa natureza, ninguém espere de nós uma matéria de apreciação.

Um comentário:

  1. Sei que está fora do assunto, mas eu sou um agricultor do bairro cachoeira Grande(Paraiso ecológico) Bairro que no passado recebia nos finais de semana mais de 100 mil pessoas em suas aguas cristalinas, hoje abandonado ao acaso, Acima da estrada municipal já não existe espaço para as construções irregulares e agora estão invadindo também a área rural que é descendo a cachoeira rumo ao Clube Agrícola, nasci e cresci nesse local conheço todo mundo e sei que são pessoas de fora que estão vindo para cá construir irregularmente. Só que tem um certo "pastor" que está comprando terra de uma viúva pobre loteando e vendendo,a terra pertence ao INCRA e não pode ser loteado, para piorar ainda mais a nossa situação estão construindo uma obra muita estranha depois do campo, é um muro com mais de cinco mento de altura, muito estranho temos a certeza que coisa boa não é, pois estão tentando esconde algo na roça. atualmente as família que mora depois do campo estão sem agua porque as pessoas da obra estão roubando, parece que até igreja será construído as margens da cachoeira. Será que dar para fazer uma matéria nesse seu conceituado jornal, desde já agradeço e peço desculpa pelos erros no meu português.

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