Assim que chegar à superficie de Marte, o jipe-robô Curiosity passará
por uma longa revisão em todos os seus sistemas, antes de iniciar o envio de
informações e dados que chegarão de lá para a terra. Em poucos dias o jipe deverá
ativar outra câmera e enviar imagens coloridas, depois das imagens em preto e
branco.Todas as informações recolhidas pelo Curiosity serão enviadas apenas
uma vez por dia. Depois dessa transmissão, o explorador automaticamente passa a
processar e interpretar novas informações. As observações são armazenadas sobre
o computador de controle do robô e depois, sobre o satélite que mantém sua
comunicação com a Terra. Da superfície do planeta vermelho, o Curiosity
analisará nos próximos dois anos a possibilidade de terem existido ou de existirem
condições para a vida no planeta vermelho.
O laboratório móvel Curiosity pousou em Marte na madrugada deste dia 6
de agosto às 2h33min. Agora, deve passar um ano marciano (dois da Terra)
pesquisando sinais que indiquem se o planeta já teve condições de abrigar vida.
Controladores da missão da Nasa aplaudiram e gritaram ao receberem sinais
confirmando que o jipe-robô sobreviveu à descida no céu marciano e aterrissou no
fundo da Cratera Gale, perto do equador.
A operação de pouso foi considerada a mais complexa na história dos
voos espaciais não tripulados. Pela demora nas comunicações via
rádio entre a Terra e Marte, todo o processo precisou ser autoguiado, sem a
interferência de técnicos.
Marte é bem parecido com a Terra, e os cientistas querem descobrir se
ele teve já teve condições de abrigar vida microbiana. A missão marca o primeiro
esforço de astrobiologia da Nasa desde as sondas Viking, na década de 1970. Um
marco importante para a Nasa, que nos últimos anos sofreu cortes orçamentários
e aposentou sua frota de ônibus espaciais.
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