A Band News e o site R7 surpreenderam a populkação de Magé com uma notícia inusitada: Delegado de polícia de Piabetá (66ª DP), mais seis inspetores e um
homem que fingia ser policial foram presos, na manhã deste dia 30 de agosto, depois
de investigação da Coinpol (Corregedoria Interna de Polícia Civil), que
descobriu um esquema de propina nessa unidade.
Os envolvidos foram todos presos ainda em suas casas, em cumprimento a
mandados de prisão preventiva, e encaminhados para o presídio Bangu 8, na zona
oeste do Rio de Janeiro. Eles foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio, por
formação de quadrilha armada, concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão
da função), corrupção passiva e usurpação de função pública.
O esquema do grupo consistia em exigir dinheiro de comerciantes e
prestadores de serviço da região, desde fevereiro do ano passado. As
informações são de que o delegado Carlos Alberto Quelotti Villar, titular da
66ª DP na época, chefiava as ações dando ordens aos seus agentes. Fazia parte
do esquema, Heldongil Azevedo Aleixo, indivíduo conhecido como Cigano. Ele tinha
livre acesso à delegacia e agia como policial, chegando a utilizar armas de
fogo.
De acordo com as investigações, na divisão de tarefas do grupo dois
policiais do Setor de Investigações atuavam como homens de confiança do
delegado. Eles eram responsáveis pela operacionalização do esquema. Quanto a Cigano,
era o único do bando a manter contato pessoal com as vítimas, muitas vezes utilizando
arma para intimidá-las. Cobrava as propinas mensalmente, com valores entre R$
100 e R$ 400. Proprietários de ferros-velhos, de depósitos de gás, de LAN
houses e mototaxistas eram seus alvos preferidos.
Os policiais responderão processo disciplinar, cuja pena pode ser a
demissão.
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