Vingança. Esta é a única razão que explica o fato de o
presidente da Câmara Municipal de Magé, vereador Dinho Cozzolino estar em pé-de-guerra
com o prefeito Nestor Vidal. Há pouco tempo a Câmara enviou para o executivo a
lei de autoria da mesa diretora, que aumentava os salários dos vereadores, do
prefeito e do vice-prefeito, mas o executivo respondeu com um veto. O prefeito
entendeu que o aumento geraria um gasto desnecessário, além de ser
inconstituicional. Na ocasião, apenas três vereadores votaram contra o aumento: Leonardo
da Vila, Carlinhos do Hospital e Álvaro Alencar.
A vingança teve início em três de maio, quando o poder
executivo enviou à câmara projeto de lei solicitando suplementação
orçamentária. Dinho deu seu jeito de não pôr o projeto em votação, a
procuradoria da prefeitura recorreu, e a justiça determinou que o assunto fosse
a plenário, mas Dinho fez com que a câmara não cumprisse a determinação. A
desobediência não foi punida, e pelo jeito o descumprimento da lei será levado
às últimas consequências, a depender do arbítrio do presidente da câmara.
Maioria dos vereadores entende que Dinho comete
abuso de poder e age de modo a prejudicar a manutenção dos expedientes da municipalidade. Por isso, deveria ser criada uma comissão para investigação dos atos do legislativo e dinho deveria ser afastado
de suas funções. O único vereador que deixa evidente a disposição de não
votar pelo afastamento do presidente do legislativo mageense é Leonardo da
Vila. Só que tudo é muito arrastado e nebuloso, pois alguns
apresentam vontade dúbia, com discursos truncados.
Um dos últimos recursos do vereador-presidente tem sido
fazer circularem pela cidade carros de som que misturam sua propaganda eleitoral
com uma série de ataques pessoais ao prefeito Nestor. São ataques soltos,
inconsequentes e desprovidos de documentos. Uma peleja interna, burocrática e
judicial que Dinho transforma em briga de rua.
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