Setor
privado e ONGs contestaram no dia 4 de maio, em Nova York, as negociações e o
conteúdo do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Jornalistas ouviram as queixas em
entrevista coletiva organizada pelo Departamento de Assuntos Econômicos e
Sociais (Desa) da ONU. A segunda etapa
de negociações informais acabou na sexta-feira e os governos pediram um novo
debate, que será realizado de 29 de maio a 2 de junho, no mesmo local.
O diretor
executivo do Greenpeace no Brasil, Marcelo Furtado acha que está havendo uma
“lavagem cerebral”. Ele defende que para atingir o futuro que a sociedade
deseja, todos os governos devem assumir responsabilidades equivalentes. Segundo
a ONG, em vez de se propor soluções imediatas, pede-se mais 20 anos para agir. A
ONG também avalia que as negociações estão muito lentas, sem concessões, e os
países só defendem os próprios interesses.
A queixa
do setor privado é a falta de espaço para negociar pontos do documento final da
Rio+20: “Somos um dos nove Major Groups e nossa condição de fazer parte do
processo não é tão grande como achamos que deveria ser. Estamos fora da mesa de negociações”, afirmam representantes. O consenso é de
que há muita ênfase no papel do setor privado, mas os governos também devem
assumir responsabilidades.
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