terça-feira, 22 de maio de 2012

ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS: UMA DURA REALIDADE BRASILEIRA


Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostra que o abuso sexual é o segundo tipo de violência mais frequente entre crianças com menos de dez anos no Brasil. Esses dados preliminares são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes.
No ano de 2011, ocorreram 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças entre um e nove anos. Entre ocorrências de negligência, abandono e violência sexual, esta última aparece em segundo lugar entre crianças de dez a 14 anos. Esse tipo de abuso representa 10,5% das ocorrências. Em primeiro lugar, 13,3%, fica a violência física. Já entre os adolescentes de 15 a 19 anos, 28,3% das ocorrências são de violência física, 7,6% de violência psicológica e 5,2% de violência sexual.
Grande parte dos agressores são pais, padrastos e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos. Um problema bastante grande se estabelece pelo descuido de pais que confiam excessivamente em vizinhos "bonzinhos" para ficarem a sós com seus filhos crianças. Outro problema é a confiança também excessiva de mulheres que deixam suas filhas crianças e adolescentes aos cuidados de padrastos, para irem às compras, resolverem assuntos pessoais ou trabalharem, numa demonstração de que não estão em sintonia com as realidades do  mundo atual.
O ALERTA DE XUXA 
No quadro O QUE VI DA VIDA, do programa "Fantástico", da Rede Globo, no dia 20 de maio, a apresentadora Xuxa, 49, confessou que foi vítima de violência até os 13 anos. Xuxa disse que foi abusada pelo menos por três pessoas, todas elas de inteira confiança da família. Ligadas ao seu meio familiar. 
Um dos agressores de Xuxa era, segundo a apresentadora, namorado de sua avó. O outro, o melhor amigo de seu pai. Ela citou ainda um professor, deixando evidente que a sociedade na qual vivemos exige cuidados extremos e ninguém deve ficar "sem graça" de ser cuidadoso com vizinhos, amigos mais velhos, professores e, principalmente, padrastos.

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