domingo, 15 de abril de 2012

A MAGÉ EM QUE ACREDITO É DAQUI PRA FRENTE

Paulo César dos Santos

É natural que ainda haja muita insatisfação entre os mageenses, mesmo depois de a cidade se livrar das mais de três décadas de opressão e descaso político. Nenhuma gestão política depois de um longo período conturbado e doloroso tem como deixar uma população plenamente satisfeita em alguns meses de mandato. Leva-se tempo para estabelecer o reequilíbrio, como demanda mais tempo ainda construir uma solidez política, social, econômica e cidadã em cima desse reequilíbrio.
Mas o que vejo como cidadão atento, engajado socialmente, profissional de imprensa e pessoa próxima da gestão desta cidade me anima muito. Vejo um prefeito empenhado em trabalhar com critério, definição sensata de prioridades e sem atropelos. Todos os seus projetos, muitos deles em andamento, são passíveis de muito estudo, muita elaboração, paciência e contenção da pressa. Tudo bem estruturado e com o selo de quem tem a cabeça no lugar. Tenho assistido a uma gestão sóbria, de poucos discursos e quase nenhuma propaganda. Pode ser que haja muita gente acostumada com o barulho das daministrações anteriores e só saiba dar crédito a isto: Barulho; balbúrdia; ostentação. No entanto, isso nunca me impressionou, pois o que me deixa mesmo impressionado é o trabalho sério de quem age mais do que fala e valoriza os alicerces; o fundamento; a construção sobre a rocha.
Pode ser, no fim de tudo, que o Prefeito Nestor Vidal não corresponda exatamente ao que o mageense espera dele, até mesmo porque não sei, depois de tanto tempo de obscuridade, o que nosso povo aprendeu a esperar de um gestor político. Pode ser, e o próprio Nestor, dotado de uma sinceridade que me agrada, reconhece a possibilidade. No entanto, o que não pode ocorrer no futuro é esse povo pensar na volta do que já foi. Não podemos cair de novo nas garras do monstro do qual nos livramos. Magé não pode voltar ao abismo; ter uma recaída pelo caos, a desordem, a filosofia de terra sem lei. Creio no governo que hoje temos, mas como não posso convencer os descontentes a terem mais calma e compreensão, acho que posso admoestá-los a nem pensar na hipótese de resgatar o fundo do poço no qual estávamos há pouco menos de um ano, e sem qualquer perspectiva.
Estou na torcida pelo bom desempenho de um governo que nos ajudou a dar um basta na opressão e no descaso. Isto, por si só, já vale meu voto de confiança para os próximos anos. E no caso de uma decepção futura, jamais retrocederei. Desejarei outros rostos no poder; farei novas experiências com o meu voto, mas não ajudarei a ressuscitar os mortos que, no fundo, estão por aí, confiantes no descuido, na preguiça e na ignorância dos que não querem ver progresso, porque progresso é trabalho.

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