quinta-feira, 29 de março de 2012

O REBATISMO EM NOME DA CORRUPÇÃO

 Paulo César dos Santos

Assistindo à enxurrada de reportagens sobre corrupções entre setores do poder público e diversas empresas fornecedoras e/ou prestadoras de serviços, entre elas a LOCANTY, nossa velha conhecida, sou remetido a anos atrás. Faz tempo que o REDATOR publicou uma denúncia contra a empresa LIMPACOL, que cuidava da coleta de lixo em algumas cidades da baixada fluminense. Uma delas era Magé. O esquema das contratações era parecido: Envolvia facilidades ilegais, propinas à base de comissão sobre valores contratados com superfaturamento e simulações de disputas entre grandes empresas que se revezavam nas vitórias em licitações.
Depois disso, várias outras reportagens foram feitas pela imprensa de maior alcance, a exemplo do jornal O Globo, a Rede Globo de Televisão e outros canais, impressos e programas de rádio. A LIMPACOL não demorou a sair de cena, como achamos que será o caso das  empresas agora denunciadas. No entanto, pouco tempo depois algumas cidades da baixada fluminense recebiam, de braços e cofres abertos, a LOCANTY: Uma empresa também de Duque de Caxias, que tem tudo para ser uma nova roupagem daquela outra, e que também passou a fazer por fortunas, um trabalho do qual as prefeituras dão conta por muito menos, quando assim o querem. Um exemplo disto é a Prefeitura Municpal de Magé, que na época trabalhava com veículos e pessoal próprios. As queixas, quando existiam, eram poucas e a solução era sempre simples e rápida. O que custava menos de R$ 100 mil, passou a custar mais de R$ Meio Milhão, quando o serviço foi entregue à LIMPACOL, no governo seguinte.
Não existe nenhuma novidade nas denúncias do Fantástico, estendidas aos demais programas da Rede Globo e das outras emissoras que "abraçaram a causa"; o que não furta o mérito das mesmas, pois a corrupção tem que ser de fato combatida com a massificação que o assunto exige. O que me pergunto é até que ponto essa campanha prosseguirá; quais são suas condições ou contrapartidas; se os motivos são mesmo os que parecem ser - e torcemos para que sim.
Se tal avalanche de denúncias for sincera, esses grandes órgãos de mídia e jornalismo terão sempre condições e estrutura para investigar novas eventuais empresas que surjam logo à frente, com a retirada dessas que não podem mais atuar - ou aparecer. Pode ser que a Locanty, a Bela Vista, a Toesa e a Rufolo tentem - sendo bem provável que consigam - renascer com novos nomes. No poder público, sempre haverá os que facilitam esse rebatismo, em nome de seus cofres.

2 comentários:

  1. Olá paulo o que precisa é batizar os políticos de modo geral, como você disse foi remetido a anos atrás. Vamos imaginar uns quinze anos e fazer conta, só em Magé quantos milhões foram roubado com anuência dos prefeitos e vereadores.mas o culpado é nos mesmo, quando votamos credenciamos um bandido e damos imunidade para rouba.É preciso uma campanha urgente, DIGA NÃO AO VOTO...

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  2. Paulo a Limpacol era um braço da Locanty e hoje não existe mais.

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