Paulo César dos Santos
No entanto, sejamos razoáveis: Foi apenas o segundo dia de funcionamento, e algumas coisas melhores foram registradas. Exemplos disso foram os horários; o trato mais humilde dos motoristas com os passageiros; os portadores de passes, cartões Riocard e Bilhete Único podendo utilizar seus benefícios. Isto, além da vitória de todos contra a Rodobus, que era imbatível na prática de abusos e na incompetência de todo o quadro diretor e funcional. Não se sabe como essa empresa é em São Paulo, de onde veio para torturar os mageenses, mas por aqui foi o caos. Abusou em todos os sentidos.
Esperamos e cremos que a TREL encontrará o mais breve possível o equilíbrio de sua funcionalidade dentro do município. É uma boa empresa em quase todas as linhas onde opera, embora sempre tenha deixado a desejar nas linhas Imbariê/Praia do Anil/Magé X Petrópolis e Ypiranga X Duque de Caxias, em relação aos espaços de tempo entre uma condução e outra. O que se pede aos seus diretores é que não permitam aos seus funcionários a repetição de abusos como a discriminação de bairros e pontos, maus tratos aos não pagantes em geral, brutalidade, excesso de solavancos nos veículos lotados, mau humor. Sobretudo, orientem os motoristas a parar sempre para quem acena em qualquer ponto, ainda que os ônibus estejam muito cheios. Deixem que os passageiros decidam se querem ou não entrar nos veículos. O que não se pode, haja o que houver, é humilhar seja quem for, de que bairro for, se negando a parar.
No mais, cabe a todos nós o reconhecimento à palavra do Prefeito Nestor Vidal cumprida. Ele conseguiu nos livrar da Rodobus, mesmo havendo o empecilho de um contrato de alguns anos com a empresa, firmado no governo anterior. A TREL está operando em caráter de emergência. Dá para crer que, se a empresa não corresponder às expectativas da população e da municipalidade, não poderá também ficar. E o povo, sobretudo o povo, agora já sabe o caminho: Tem que reclamar, e reclamar muito; reagir contra todo e qualquer abuso que sofra e ficar sempre atento a tudo que o rodeia.
Só não se pode ser injusto. Portanto, vamos dar um tempo, um crédito de confiança e as boas-vindas à nova empresa de transportes coletivos que veio para Magé com a missão de resolver este problema de muitos anos, que é o da locomoção dos mageenses dentro de sua cidade. Não determinemos qualquer sentença fora de hora nem sejamos intolerantes com o poder público municipal, diante dos esforços que temos visto para que Magé se torne uma cidade melhor. Quando for preciso, e se for, nós também cobraremos ao lado do povo. No fim das contas, sempre foi assim; não é verdade?
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