Demétrio Sena, Magé - RJ.
A situação agora é a seguinte: Um juiz determinou há dias, que os animadores culturais sejam exonerados no prazo de três meses. Ninguém tira da cabeça dos profissionais da cultura na educação, a certeza de que Sérgio Cabral está por detrás dessa decisão. Ele não se pronuncia nem toma qualquer outra atitude, numa demonstração de frieza, desprezo e covardia. Os animadores culturais, que no início eram mais de dois mil em todo o estado, e agora são pouco mais de quinhentos, estão se mobilizando. Têm apoio de muitos deputados, estão calcados nesse apoio para uma tentativa de reverter a situação, mas a coisa está complicada. A revolta é grande, não apenas entre eles, mas entre todos os profissionais da educação, além de alunos, pais e comunidades em um todo, pois trata-se de um grupo muito querido. Uma categoria que revoluciona a educação com projetos culturais, eventos, oficinas, movimentos em prol da cidadania dos alunos. Talvez seja isso, exatamente, o que deixa o governador tão incomodado.
Espera-se uma decisão favorável. É preciso que a solidariedade cresça, que o SEPE ajude com a impetração de recurso, e a imprensa também abrace a causa. No dia 4 de outubro haverá uma grande movimentação no centro do Rio, com animadores culturais, outros profissionais da educação e da cultura, pais e alunos. Tomara que isso chegue não aos ouvidos, mas ao coração de Sérgio Cabral, que efetivamente pode fazer algo, para que essa injustiça não se concretize. Seria muita covardia. Uma grande prova da hipocrisia e da falta de palavra de um governador que vomita aos quatro ventos palavras de ordem sobre moralidade. É ou não é imoral essa perseguição a um grupo que até hoje só tem somado em prol da cultura, da educação e da cidadania? Seja coerente, governador. Olhe para os desmandos de verdade que o rodeiam, e defenda também a causa desses fazedores de cultura, como fingiu fazer quando estava em campanha. Lembre-se de que todo político sempre está em campanha.
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