O portal Globo Sociedade de 14 fevereiro deste ano trazia matéria cujo conteúdo transcrevemos abaixo, anunciando início de testes em cinco cidades, até o fim deste ano. Não tivemos mais notícias, mas trata-se da Alemanha. Não é o Brasil. Acreditamos que logo teremos notícia de que o projeto foi levado a cabo. É pertinente a republicação da matéria, para entendermos como isso é possível e que bem poderá fazer ao país e ao mundo, se o exemplo for seguido por outros países. Entenda melhor. A foto ilustrativa é da Wikipédia.
"A Alemanha, conhecida
pela sua poderosa indústria automotiva, está propondo uma medida radical para
reduzir os congestionamentos e as emissões de gases-estufa . Até o fim do ano,
cinco cidades irão oferecer transporte público gratuito , num projeto piloto
que pode ser expandido para todo o país. A ideia é incentivar a população a
deixar os carros nas garagens.
“Nós estamos
considerando o transporte público livre de tarifas para reduzir o número de
carros privados”, escreveram três ministros, incluindo a ministra do Meio
Ambiente, Barbara Hendricks, em carta ao comissário ambiental da União
Europeia, Karmenu Vella, informou a AFP. “Combater a poluição do ar de forma
efetiva, sem mais atrasos desnecessários, é uma das maiores prioridades para a
Alemanha”.
As cinco cidades
selecionadas para o teste incluem a antiga capital da Alemanha Ocidental, Bonn,
além dos distritos industriais de Essen e Mannheim. A medida é considerada
radical para o tradicionalmente estável mundo político do país, sobretudo para
o momento em que a chanceler, Angela Merkel, luta para organizar uma coalizão
de governo.
Além da extinção das
tarifas nos transportes públicos, a Alemanha propõe restrições ainda mais duras
nas emissões de frotas de veículos, como ônibus e táxis, zonas de baixa emissão
e apoio a serviços de compartilhamento de automóveis.
O escândalo
'Dieselgate'
No início do ano, Vella
enviou cartas para a Alemanha e outros oito países da União Europeia,
informando que eles tinham até 30 de janeiro para demonstrar “como e até
quando” se adequariam às leis de qualidade do ar adotadas pelo bloco. Após o
escândalo do “Dieselgate”, que revelou técnicas fraudulentas usadas pela
Volkswagen para falsificar resultados de emissões de gases-estufa dos motores
em testes regulatórios, muitas cidades se viram com níveis de poluentes mais
altos que o permitido, ficando sujeitas a pesadas multas.
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O prazo estabelecido
pelo comissário ambiental da União Europeia foi prorrogado. Países que
ultrapassarem os limites impostos pela legislação poderão enfrentar ações
legais na Corte de Justiça Europeia, o mais alto tribunal do bloco, com poder
para multar seus membros.
Passagens são baratas
na Alemanha
Os transportes públicos
são bastante populares na Alemanha, com o número de viagens aumentando
regularmente nos últimos 20 anos, para 10,3 bilhões em 2017. Em comparação com
outros países europeus, as passagens são baratas. Um bilhete em Berlim custa
2,90 euros, enquanto no metrô de Londres a tarifa é de 5,50 euros. O fim das
tarifas é bem-vindo, mas detalhes da medida ainda preocupam.
— Eu não conheço um
fabricante que seria capaz de entregar o número de ônibus elétricos que iremos
precisar — comentou o prefeito de Bonn, Ashok Sridharan, à agência DPA.
Já a Associação Alemã
de Prefeitos, Helmut Dedy, pediu “uma declaração clara de como (o transporte
gratuito) será financiado” pelo governo federal.".
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