Os venezuelanos estão com dificuldades
para alimentar as próprias famílias. Muito menos seus animais de estimação, nessa
profunda crise econômica. Por causa disso, praticamente todas as famílias
daquele país estão abandonando seus cães. O que mais se vê neste momento são
cães magros nas ruas, nos parques públicos e abrigos improvisados. Existe um
abrigo dilapidado nas colinas fora da capital Caracas, onde centenas de cães
magros latem e passam pela cerca de arame para procurar por alimento nas ruas e
em uma mata próxima.
Em curtos intervalos, muitos
carros encostam e as pessoas entregam seus cães, alguns de raça. Os voluntários
chegam diariamente para doar e distribuir comida aos animais. Apesar de Arteaga
não contar com um registro formal, já sofreu um aumento na chegada de cães nos
últimos meses, com nove poodles deixados nas últimas duas semanas.
Os venezuelanos estão enfrentando
escassez de comida e medicamentos, e veem seus salários serem desintegrados
pela inflação de três dígitos. Um saco de ração para cachorro de 20 quilos, por
exemplo, custa cerca de US$ 50 (cerca de R$ 160) pela taxa de câmbio do mercado
negro, quase o dobro de seu preço nos Estados Unidos e fora do alcance para
muitos venezuelanos, onde o salário mínimo é de US$ 23 (cerca de R$ 73) por
mês. A situação chegou a tal ponto de até mesmo a polícia racionar alimento
para poder alimentar seus cães farejadores.
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