quinta-feira, 8 de setembro de 2016

CÃES DA VENEZUELA SOFREM OS EFEITOS DA SUPER INFLAÇÃO

Os venezuelanos estão com dificuldades para alimentar as próprias famílias. Muito menos seus animais de estimação, nessa profunda crise econômica. Por causa disso, praticamente todas as famílias daquele país estão abandonando seus cães. O que mais se vê neste momento são cães magros nas ruas, nos parques públicos e abrigos improvisados. Existe um abrigo dilapidado nas colinas fora da capital Caracas, onde centenas de cães magros latem e passam pela cerca de arame para procurar por alimento nas ruas e em uma mata próxima.
Em curtos intervalos, muitos carros encostam e as pessoas entregam seus cães, alguns de raça. Os voluntários chegam diariamente para doar e distribuir comida aos animais. Apesar de Arteaga não contar com um registro formal, já sofreu um aumento na chegada de cães nos últimos meses, com nove poodles deixados nas últimas duas semanas.

Os venezuelanos estão enfrentando escassez de comida e medicamentos, e veem seus salários serem desintegrados pela inflação de três dígitos. Um saco de ração para cachorro de 20 quilos, por exemplo, custa cerca de US$ 50 (cerca de R$ 160) pela taxa de câmbio do mercado negro, quase o dobro de seu preço nos Estados Unidos e fora do alcance para muitos venezuelanos, onde o salário mínimo é de US$ 23 (cerca de R$ 73) por mês. A situação chegou a tal ponto de até mesmo a polícia racionar alimento para poder alimentar seus cães farejadores.

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