domingo, 13 de dezembro de 2015

MAGÉ E OS DESMANDOS QUE O AFUNDAM

De acordo com comentário anônimo em uma de nossas páginas, mais uma pessoa foi morta recentemente, na Rua Comendador Reis, que na verdade é uma das bandas da localidade Lagoa, no primeiro distrito de Magé. Uma denúncia banal, diante da onda de violência que tomou conta da cidade faz tempo, e não há quem dê jeito em tal situação.
Não é só a violência que impera no município mageense. É um abandono generalizado, tanto do governo estadual quanto, e especialmente, do governo municipal. Magé está sem prefeito. O que está na cadeira do palácio Guanabara não é um  prefeito. É uma planta. Um enfeite. Uma figura decorativa, que se mantém para receber seus proventos, seus não proventos, facilitar a vida dos que sugam nossa cidade, a exemplo da Concessionária Rio Teresópolis - CRT - e outras sanguessugas, em troca de não se sabe o quê. Ou sabe-se, mas...
A verdade é que Magé nunca esteve tão ao Deus dará, tanto no que se refere ao prefeito quanto no que tange os vereadores. Que câmara é essa? Ninguém nem sabe quem são os vereadores desta cidade! Ninguém, ou quase ninguém, a não ser os que se beneficiam pessoalmente deles. Bairros abandonados, obras deixadas para trás, ruas dos lugares mais afastados - aqueles que supostamente têm poucos votos- totalmente entregues à lama nos dias chuvosos e à poeira nos dias de estiagem, além da falta de esgoto e quaisquer outros cuidados. Ninguém vê, ninguém fiscaliza e ninguém sabe para onde vão as verbas destinadas a cada um desses setores. Se acaso sabe, não pode dizer, para o próprio bem.
A tarifa do transporte público aumentou mais de vinte por cento e a empresa que presta maus serviços à nossa população vai de mal a pior: a Iluminada/Trel/Divina Luz (uma tríplice porcaria) só funciona com ônibus superlotados, sem horários definidos, pessoas são deixadas nos pontos mais afastados, porque os motoristas discriminam e não param, e tratam mal os idosos, os portadores de necessidades especiais, além de serem inimigos mortais do estudantes, para os quais dificultam acesso sempre que podem, e quando não o fazem os tratam com grosseria, deboche, discriminação e outras formas de abuso. Isso é notório a qualquer passageiro.
A prefeitura faz alarde porque inaugurou recentemente uma pracinha no centro de Piabetá. Para tanto, expulsou trabalhadores que dependiam de seus quiosques ali instalados e não lhes deu nenhuma outra opção, e a rodoviária, que é prioridade, continua em péssimo e perigoso estado, cercada de telhas velhas por todos os lados e sem as obras necessárias. 
Na saúde, os munícipes convivem com mal atendimento e falta de médicos, exames demorados e incertos. Na educação, escolas sucateadas, merenda precária, ensino idem, e professores para lá de insatisfeitos com as condições de trabalho. Segurança? O primeiro parágrafo desta matéria define a situação. Faltam incentivos para a agricultura, valorização do meio ambiente, fiscalização neste sentido, um trabalho de incentivo ao turismo, e assim vai. Faltaria espaço para falar de todos os desmandos desta cidade.
Magé espera por um prefeito. Um dia o povo achou que seria este, ao qual deu seu voto de confiança, e a decepção não demorou. Decepção que se consolida dia após dia. Com isso, Muitos pensam em voltar ao passado, por meio dos que já governaram ou ocuparam o Palácio Anchieta, ou por meio dos seus filhos, sobrinhos, quiçá netos.... um erro que pode acabar de vez com todas as esperanças restantes em Magé.
Temos que mandar embora os que aí estão, na câmara e no Palácio, e continuar experimentando. Fazer a fila prosseguir, sem nunca mais votar nos presentes ocupantes dos poderes, nos ex-ocupantes e quaisquer pessoas que os lembrem. Pessoas de bem são raras. Temos de continuar garimpando. De pedra em pedra, chegaremos às preciosas, ainda que num presente remoto. O que não podemos de forma nenhuma é ir em busca das pedras inválidas que já colhemos até agora.

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