O deputado federal
Dr. Carlos Alberto Lopes, o Dr. Lei Seca fez um desabafo legítimo e consistente
em seu blog, no dia 27 de outubro. Seu desabafo tem a mesma causa de muitos
cidadãos que tentaram eleição ou reeleição a cargo público este ano, e a de milhares
de cidadãos eleitores, que foram impedidos de votar em quem queriam, porque o
sistema não deixou.
Urnas desaparecidas, fotos de candidatos que não apareciam na hora do
voto, eleitores votando em nome de outros eleitores, foram apenas alguns dos
desmandos regidos provavelmente por ocupantes do poder público, detentores ou
apadrinhados da máquina administrativa. Em seu artigo VOU ME QUEIXAR AO BISPO,
Dr. Carlos Alberto sugere novos critérios de votação e promete que, ainda
no poder este ano, lutará pela instituição destes critérios. Abaixo, leia na íntegra, o artigo do
Dr. Lei Seca.
VOU ME QUEIXAR AO BISPO
Há muitos anos atrás, trabalhei com
um ilustre homem público que, às vésperas da implantação da urna eletrônica, me
disse:"É o início da oficialização do roubo."
Decorridos 30 anos, como testemunha
ocular da história, posso dizer que ele tinha razão.
Nestas eleições de 2014, centenas,
talvez milhares de denúncias, deram conta dos "desacertos" quando da
ida dos eleitores às urnas para votar; com urnas sumidas e encontradas em
matagais; votação digital sem ser completadas, sem a aparição das fotos dos
candidatos; votações, sem ser digitais, com os eleitores votando em nome de
outros eleitores (como foi o meu caso, na 216a Seção, da Zona 104, em Itaboraí,
com um cidadão votando e assinando no meu nome).
Os resultados apresentados pelo
Tribunal Regional Eleitoral, no meu caso e de muitos outros candidatos, são
incompatíveis com os votos que foram dados pelos nossos eleitores, eis que
famílias inteiras que me conferiram os seus votos, na mesma Zona Eleitoral e
Seção, não apareceram: em alguns municípios, inclusive municípios em que nunca
estive presente, em cada Zona e muitas Seções tive um único voto.
O que fazer?
Não há o que fazer, porque não há
provas materiais, com papel, que possa comprovar a fraude.
A minha suspeita aumenta na medida em
que dezenas de segmentos, tais como taxistas (50 mil); agentes penitenciários
(20 mil ativos e inativos); agentes sócio-educativos (10 mil ativos e
inativos), população do Rio de Janeiro que aprovou a política pública Operação
Lei Seca, com o índice de 97%; o trabalho que realizei na Câmara dos Deputados,
como líder do meu partido, que poderá ser analisado no meu blog:http://carlosalbertolopesrj.blogspot.com,
em que se destacam a luta contra o pagamento dos 14º e 15º salários para os
deputados; a defesa dos royalties, que me fazem crer que não poderia reduzir a
minha votação de 2010, com 42.808 votos para 4.800 votos nestas eleições.
Reclamar a quem? Como diriam na
antiguidade, quando alguém queria reclamar alguma coisa e que não tinha a quem
fazê-lo:"VOU ME QUEIXAR AO BISPO".
Àqueles que possam dizer que é
"choro de perdedor", contradito dizendo que "é tristeza de um
cidadão que viu lesado o seu direito democrático de ter os seus votos
seriamente computados". Num país em que a dinheirama compra os eleitores
regiamente, pagando até 200 reais a cada eleitor na boca de urna, tudo pode
acontecer.
Mas não ficarei de braços cruzados
diante dessa prática eleitoral em que não se pode verificar os votos
efetivamente dados aos candidatos.
No retorno agora à Câmara dos
Deputados, apresentarei um Projeto de Lei em que na votação nas urnas seja
adicionada a prova física do voto do eleitor a ser depositada pelo mesmo em
urna própria - objetivando a possibilidade de recontagem manual se necessário.
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