quinta-feira, 21 de agosto de 2014

VOTAR: EM QUEM E POR QUÊ?

Paulo César dos Santos



Mais uma vez, temos alguns candidatos a deputados pela cidade de Magé. A considerar os poucos que já foram eleitos até hoje, todo o povo mageense sabe muito bem para o que eles querem "chegar lá". Mesmo assim, de quando em vez alguém se elege. Mas o que algumas cabeças mais preocupadas em pensar se perguntam, é: Por quê?  Qual é a razão de certas figuras se candidatarem? Qual é o currículo dessas pessoas? Que fichas de realizações em prol da cidade ou pelo menos de suas comunidades essas pessoas têm ao longo dos anos (não dos meses que antecedem suas candidaturas, mas ao longo de suas vidas), para se julgarem merecedoras da esperança dos cidadãos? 
O porquê das candidaturas que ora vemos por aqui variam desta forma: um deles ainda cheira a fralda, e é oriundo do clã que desgraçou a cidade por décadas. A outra, com bem mais idade, nunca fez nada que não fosse ganhar dinheiro como comerciante, e nos últimos anos, como ocupante de cargo estritamente burocrático na prefeitura. Tem ainda certo empresário que sempre ganhou mais dinheiro ainda, na cidade, como um dos proprietários de uma rede de lojas, sem jamais ter feito o social; criado qualquer forma de oferecer uma contrapartida à cidade. Já um outro, que também nunca fez nada pelo cidadão mageense, começou a divulgar agora o seu nome de personagem de filme norte-americano. Ou seja: estamos fadados a eleger, se é que um deles será eleito, alguém que se candidatou por nada, sem qualquer história, tradição ou justificativa mais ínfima que seja.
O povo precisa entender que não se deve votar por nada. Deve-se votar por algo; e esse algo não deve ser apenas um benefício pessoal, uma doação, um suborno eleitoral momentâneo. Que tal se procurarmos conhecer nomes que tenham histórias de projetos, leis e realizações que alcançaram o cidadão do estado ou do país como um todo, ainda que não sejam de Magé? Essa história de votar no candidato do lugar, porque ele "vai trazer" hospital, escola, obras, presídio etc, não procede. Deputado é parlamentar, é poder legislativo, não é executivo. Logo, quem promete como futuro deputado, obras, realizações físicas, é mentiroso, e não se há de votar em mentirosos, só porque são do lugar.
Da mesma forma, quem sempre teve condições de atuar pelo benefício da cidade, mas só agora, às vésperas das eleições percebeu o quanto a cidade precisa de representantes, é mentiroso. Não vote mais em "vou fazer". Vote em currículos de peso. Em históricos; realizações. Mais ainda: em passados de realizações que se mantêm no presente. O voto, hoje, tem que ser uma espécie de gratidão cidadã a quem sempre foi, é, e pelo visto, continuará a ser.  

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