Paulo César dos Santos
Magé aniversariou no dia 9 de junho. São
449 anos de uma cidade que ainda rasteja, graças (ou desgraças) ao descaso do
poder público. Nesse dia, o centro de Magé assistiu a um belo desfile de
escolas, principalmente municipais, pois se existe algo que os nossos
governantes sabem fazer é festa... mas vale a pergunta: comemorou-se o quê?
Progresso? Preservação do meio ambiente? Segurança? Educação? Saúde? Obras?
Serviços públicos? Qual destes setores está bem em Magé? Alguém pode nos
responder? As obras, especificamente, que se realizam nesta cidade são, na
grande maioria, compromissos gerais de agenda e de campanha do governo do
estado, com todo o estado.
Mas o que todo mageense gostaria de ver é
o progresso da cidade. Um progresso sustentável; que não se resume a um
crescimento populacional desordenado, ao que muitos chamam indevidamente de crescimento.
Não queremos festejar eternamente o simples envelhecimento da cidade que tem
quase a idade do Brasil, mas está fincada no atraso, em todos os sentidos, por
causa do desinteresse oficial, do descaso meramente político-partidário e da
desonestidade dos governantes que só querem o cargo, o poder e os resultados pessoais
advindos, também indevidamente, do ato de governar.
Sonhamos com a Magé histórica valorizada
neste contexto. Com a Magé turística presenteada por um grande projeto que
traga emprego, renda e dignidade. Com a Magé
ecológica protegida em seus mananciais, suas matas, seus recantos bucólicos. A
Magé agrícola com incentivos governamentais e empreendedora em todos os
sentidos, sem perder suas características, sua beleza e seus pontos e
monumentos históricos. A Magé com saúde, educação, cultura e segurança. A Magé
reencontrada; resgatada do abandono de séculos; vista com amor e orgulho por seus
filhos naturais ou adotivos, além de gerida e representada por executivos e
parlamentares que não sejam mais executores do que executivos e mais pra
lamentarmos do que parlamentares.
Uma cidade que não tem transparência na
gestão pública não tem o que comemorar. É uma vergonha.
Desde que comecei a me entender por gente, Olívio de Matos, Renato Cozzolino, Ademir Ullmann, Renato Cozzolino Sobrinho, Charles Cozzolino, Ubiraci Pereira, Nelson Costa Mello, Narriman Zito, Núbia Cozzolino, Rozan Gomes, Dinho Cozzolino e Nestor Vidal foram os prefeitos de Magé.
ResponderExcluirDesde que me entendo por gente, já são 40 anos de desgovernos, de desmandos, de apadrinhamentos, de descaso, de desrespeito, de covardia, de ganância, de corrupção, de incompetência, de irregularidades, de subserviência e passividade frente aos governos estadual e federal e de pobreza.
Desde que me entendo por gente, temos fornecedores no lugar de vereadores.
Desde que me entendo por gente, tivemos deputados estaduais ou federais interessados somente em nossos votos.
Desde que me entendo por gente, o mageense tem de sair de Magé para ter saúde, educação, emprego e lazer de qualidade.
Hoje estamos cercados por pedágios, temos duas empresas (Essencis e CTR Bongaba) destruindo nosso meio ambiente, não temos ideia de quando e se a BR-493 vai ser duplicada, não há perspectiva alguma de melhora de nossa economia e a tendência é a cidade fortalecer o seu perfil de cidade dormitório.
MAGÉ COMEMOROU O QUÊ NO ÚLTIMO DIA 9 JUNHO?