COMUNIDADE RELIGIOSA INTERNACIONAL TEM REPRESENTANTE EM PIABETÁ

Da esquerda para a direita: Juciara, Carlos Alberto, Luciano, Manoel e Francisco

Você sabe que é Bahá'í? É uma comunidade religiosa muito mais simples do que o nome sugere. E em Magé, mais precisamente no sexto distrito existe um líder Bahá'í. É o chefe de cozinha Carlos Alberto Mattos, morador de Piabetá, que faz parte da comunidade mundial e sempre reúne amigos para comemorar o calendário segundo o Bahá'í, como fez no dia 21 de março em sua residência, onde reuniu os amigos Luciano Meneses Martins; marceneiro, Francisco Machado; comerciante, e Manoel Mendes, advogado.

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A COMUNDADE

A comunidade Bahá'í brasileira é composta de indivíduos das mais diversas etnias, residentes em mais de 1.300 municípios em todas as regiões do Brasil, representando um dos mais diversos conjuntos de pessoas em nosso país.

Tal diversidade se estende para os níveis regionais e municipais, à medida em que pessoas de uma grande variedade de origens, idades, profissões e níveis educacionais se reúnem em torno de objetivos comuns: adorar ao Criador, promover a paz e a unidade, e servir à humanidade. 

Seja em uma área rural isolada no meio da Amazônia brasileira ou em um centro cosmopolita na região Sudeste do país, as estruturas que governam os ritmos e rotinas da vida comunitária Bahá’í são ao mesmo tempo flexíveis o suficiente para acomodar esta diversidade e ao mesmo tempo fortes o suficiente para manter a unidade essencial da Fé, que de maneira única entre todas as grandes religiões, resiste contra as tendências divisivas de seitas e subgrupos.

O centro da vida comunitária Bahá’í são as Festas de Dezenove Dias. Realizada a cada 19 dias, a Festa marca o início de um novo mês no calendário Bahá'í é o local de reunião regular de adoração da comunidade – e muito mais. Aberta tanto a adultos como crianças, a Festa é uma reunião regular que promove e sustenta a unidade da comunidade Bahá’í local. Sua programação contempla sempre três elementos: devoção spiritual, consulta administrativa e congraçamento social. Desta maneira, a Festa combina adoração religiosa com  governança comunitária e lazer.

História da Fé no Brasil

A história da Comunidade Bahá’í no Brasil teve início em fevereiro de 1921, com a chegada à Cidade da Bahia (hoje Salvador) de Leonora Holsapple – uma jovem estadunidense que dedicou sua vida ao ensino dos princípios de unidade e valorização da diversidade constantes da Revelação de Bahá'u'lláh.

Dona Leonora  tornou-se conhecida pelas cidades onde passou, promovendo atividades educacionais em comunidades carentes em seus arredores e ensinando a Fé para pessoas de todas as classes sociais. Brasileiros e estrangeiros que viviam naquela região eram atraídos pela profundidade e beleza dos princípios da Fé que ensinava e refletia em suas ações de serviço à comunidade local. 

Em suas viagens pelas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Niterói, Dona Leonora deixou bases sólidas sobre as quais outras mulheres e homens dedicados  puderam ajudar a construir comunidades com um alto nível de espiritualidade, organização administrativa e desejo de contribuir com a melhora da sociedade brasileira.

A primeira Assembleia Espiritual Local brasileira foi estabelecida em 1940 em Salvador, Bahia, com a participação de pioneiros e moradores locais que conheceram a Fé Bahá'í e identificaram-se com seus ensinamentos. Em 1946, foi a vez da comunidade bahá'í do Rio de Janeiro eleger sua Assembleia Espiritual Local, seguida (em 1948) pela de São Paulo. Nos anos que se seguiram, comunidades bahá'ís se consolidaram por todo o país, chegando ao número de oito  Assembleias Espirituais Locais em 1957 e doze  em 1963, além de presença crescente em cidades espalhadas por todo o território nacional. 

Em 1951, foi eleita a primeira Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá'ís da América do Sul, durante a Convenção Nacional dos Bahá'ís da América do Sul, realizada em Lima, Peru. Alguns anos depois, em 1961, o contingente crescente de bahá'ís brasileiros justificou a necessidade de eleger a sua própria Assembleia Espiritual Nacional no Brasil.

A primeira Assembleia Espiritual Local formada em território indígena brasileiro foi a da tribo Kiriri, na região de Mirandela, Bahia, no ano de 1963. Em 1974, uma comunidade bahá'í foi fundada também no quilombo de Curiaú, a 12 km de Macapá, capital do Amapá.

Os números começaram a crescer na década de 1970, quando as ações de divulgação da Fé Bahá’í por todo o país encantavam milhares de pessoas, que se identificavam com os seu ensinamentos, suas respostas a questões espirituais e as soluções que apresentava para questões globais.

Na década de 1980, cerca de uma centena de bahá'ís iranianos receberam refúgio no Brasil devido ao aumento das perseguições contra os bahá'ís no Irã. Eles firmaram residência no país e hoje são membros ativos da comunidade, envolvendo-se em atividades de informação social que despertam a atenção de pessoas e governos.

Bahá'u'lláh, o fundador da comunidade mundial sofreu 40 anos de aprisionamento e exílio do Irã para Bagdá, depois Constantinopla e Adrianópolis, e por fim para a cidade-prisão de 'Akká, nas proximidades de Haifa. Ele faleceu em 1892, aos setenta e quatro anos, e foi sepultado na propriedade conhecida como Bahjí. Seu sepulcro é reconhecido pelos bahá'ís como o lugar mais sagrado na terra.

O site http://www.bahai.org.br/ , de onde colhemos estas informações, disponibiliza um amplo material de pesquisa sobre a comunidade. Será fácil conhecer, para quem estiver interessado.