História - GENEALOGIA DE BERNARDO SOARES PROENÇA

Antonio Seixas*

A família Soares Proença, de antigos proprietários de terras e escravos na região de Suruí colonial, remonta ao século XVIII, onde o casal Felix Magalhães de Proença e Águeda Gomes de Perada, depois de adquirir a sesmaria de Nicolau Baldim, construiu a Igreja de São Nicolau de Suruí, concluída em 1710 e tombada pelo patrimônio histórico estadual em 1989. O filho mais famoso do casal Felix Magalhães de Proença e Águeda Gomes de Perada foi o sargento-mor Bernardo Soares Proença, construtor da variante do Caminho Novo de Garcia Paes, entre 1722 e 1725. Por iniciativa de Dom João VI essa variante recebeu calçamento de pedras entre 1802 e 1809, sendo a obra realizada pelo Coronel Aureliano de Souza e Oliveira. Um trecho dessa estrada entre os bairros de Raiz da Serra (Magé) e Alto da Serra (Petrópolis) foi tombado pelo patrimônio histórico estadual em 1984. Bernardo Soares de Proença casou-se em primeiras núpcias com D. Isabel de Azevedo Coutinho (1649-1718) e com ela teve três filhos: Inácio de Proença Coutinho, Antônio de Proença Coutinho e Maria de Azevedo Coutinho. Na viuvez, casou-se com Maria da Silva Salgado, na igreja da Candelária, em 15 de agosto de 1720, não havendo descendentes conhecidos desse segundo casamento. Faleceu em 10 de julho de 1735, sendo sepultado no interior da Igreja de São Nicolau de Suruí. De Inácio de Proença Coutinho sabemos que foi fazendeiro em Suruí, enquanto que Antônio de Proença Coutinho herdou a fazenda da família na Serra do Frade, em Petrópolis. Esse último faleceu em Suruí em 25 de novembro de 1752, sendo sepultado também na Igreja de São Nicolau de Suruí. Já Maria de Azeredo Coutinho casou-se, em 1743, com João Cardoso Machado, natural de Magé. Este casal teve uma filha Maria Antonia de Azeredo Coutinho que se casou com Silvestre Gonçalves Santiago, pais de Francisca Flávia de Proença Coutinho. Esta última se casou em Niterói, em 1795, com o Coronel Aureliano de Souza e Oliveira. São os pais de Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, o Visconde de Sepetiba, construtor do canal de Magé, em 1847.

*Da Academia Mageense de Letras