segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PONTE DE RAIZ DA SERRA: UM CASO DE INCOMPETÊNCIA E MÁ VONTADE

Pedras removidas da cabeceira estrutural da ponte
A ponte de Raiz da Serra, interditada pelo governo do Estado desde a gestão municipal de Dinho Cozzolino, por estar com a estrutura danificada devido a um forte temporal de mais um ano atrás, parece algo sem solução. Parece. Não é. O caso é mesmo de incompetência e má vontade, inclusive do governo municipal atual. Na época da intervenção, o governo Estado fez com que se colocasse um contêiner fechando a passagem, ao mesmo tempo em que a outra ponte, sobre o rio que passa dentro das dependências da IMBEL - Indústria de Material Bélico já estava danificada por outra tempestade. Mas nada impedia o tráfego até que alguma providência, desde que urgente, fosse tomada. Diante do fechamento e consequente abandono da ponte, o governo Dinho tentou sensibilizar o governador, da situação complicada por duas pontes interditadas, o que impedia a fluência do tráfego no local. Não obteve êxito, e por isso, moradores revoltados empurraram o contêiner para o lado, de forma a dar passagem a veículos leves.  

Com a posse do governo Nestor Vidal, o contêiner foi reposto no lugar, impedindo definitivamente a passagem de qualquer outro veículo, com exceção de moto e bicicleta. Depois de muitas reclamações e protestos, envolvendo até um enterro simbólico de Nestor Vidal, apareceu uma empreiteira para tentar a solução do problema, que é de fácil resolução, mas por pura incompetência, o que fez foi agravar as coisas: não se sabe por obra de qual engenheiro, decidiu-se que a estrutura da ponte, que era de pedra, devia ser substituída por algo mais frágil ainda. Resultado: arrancaram as pedras e puseram no lugar sacos cheios de pedras pequenas. Para esse serviço a empreiteira, que não apresentava qualquer condição de atuar contou, conforme informações de pessoa que não se identificou, com o empréstimo de uma retroescavadeira da prefeitura de Magé para a retirada das pedras, ou o agravamento da situação. 
Pouco tempo depois, a tal empreiteira foi embora sem resolver a situação, dando lugar à chegada de outra, que continua arrancando o que ainda segura a ponte, para pôr no lugar os tais sacos de pedrinhas, mascarando-os ainda com cimento. Para tanto, ainda segundo informações, a empreiteira continua contando com ajuda da prefeitura para fazer tudo errado, além de precisar da IMBEL para utilização da energia de 220 volts. No fim das contas, nada se faz de eficiente e ainda se corre o risco de uma obra perigosa; passível de futuros acidentes.
A chuva arrancou os sacos de pedras que substituíram as pedras retiradas
O que se pergunta à Prefeitura Municipal de Magé, ou ao prefeito Nestor Vidal, é a razão da nenhuma providência de iniciativa do poder público municipal para a resolução desse problema que só se agrava. Sabe-se que aquela obra é de obrigação do governo do estado, mas o governo municipal pode cobrar, intervir e até tomar para si a responsabilidade da obra, propondo uma parceria com o estado. Por que não fazê-lo, neste momento em que se propagam tantas obras em todo o município, sendo que quase todas elas são do governo do estado? Enquanto isso, a população de Raiz da Serra continua com precariedade condução e os moradores que têm carro continuam fazendo contornos que tomam mais tempo e consomem mais combustível. Isso, por um tempo; talvez até a ponte que dá acesso a Pau Grande e a Raiz da Serra pelo cemitério também apresente problemas e isole de uma vez por todas não só Raiz da Serra, mas também o bairro Pau Grande.
Por falar nisso, a promessa do próprio prefeito Nestor Vidal é de que a ponte estaria reformada em novembro deste ano. Estará mesmo? Ou trata-se de mais uma promessa para não ser cumprida? Tomara que o povo mageense se habitue  novamente à rotina de palavra não cumprida. Abaixo, imagens e apontamentos que explicam a incompetência.

No que deu a correria para tapar com novos sacos buraco feito pela chuva. Observe o detalhe da massa amarela, sem cimento. Massa esfarela
Ao fundo, o mesmo problema das pedras arrancadas, colocação de sacos de cimento e a mesma massa inconsistente
Mais uma visão do problema grave que a princípio seria de fácil solução
Com o peso do contêiner e outra máquina redonda de ferro, a cabeceira cedeu por falta das pedras, com queda de barreira, o cimento do paredão rachou e agora tentam pôr uma coluna de ferro com bate estaca, bem afastada do barranco

A retirada de mais uma pedra agrava a erosão do local na cabeceira do outro lado

As rachaduras que se intensificam com o tempo e a falta de ações








Com a queda dos sacos levados pela água, o muro da casa ao lado caiu


2 comentários:

  1. Nunca vi algo parecido. A impressão que dá é que querem que a ponte caia de uma vez para poder ser feito um aditivo de contrato. Ficam as seguintes perguntas:

    - Quem contratou as obras?

    - Qual o nome da firma e do responsável técnico pela obra?

    - Qual é o valor e o prazo da obra?

    - A obra tem projeto? Se tem, quem é o autor?

    Neste caso das pontes de Rais, Sérgio Cabral e Nestor Vidal mostraram o quanto de descaso eles tem com Magé.

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  2. É muita incompetência, tanto do estado como do município.

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