ATOS DE UM PREFEITO EQUIVOCADO

A exoneração do Secretário de Esportes, Turismo, Lazer e Terceira Idade do Município de Magé foi a maior frustração deste ano até o momento. Exonerar um servidor de tamanha envergadura pelo trabalho que vinha realizando, ainda é muito difícil de entender. Miguelzinho da Climamp, esse homem humilde que aceita com carinho e dignidade o diminutivo em seu nome,  fazia um  trabalho de gigante, depois de tirar da fantasia uma pasta que não tinha endereço nem ação. Só o nome. Como se nada bastasse, criou grupos de ação e deu vida ao Ginásio Poliesportivo de Pau Grande, que além de ter se tornado a sede da secretaria, estava em vias de se tornar o tão sonhado Museu Mané Garrincha, graças ao seu prestígio com a população, que ajudava com doações de peças importantes para o museu, e com o Ministro dos esportes, que se sensibilizou com o projeto, fez doações importantes e estava prestes a oferecer maior apoio. Chegou a pôr o ministério à disposição do município. 

Tudo por causa de caprichos e possivelmente da falta da assinatura de Miguelzinho em processos não assinados no tempo devido, pelos então ocupantes da secretaria. Pelo menos é o que se comenta nos bastidores da municipalidade, como foi amplamente divulgado nas páginas de redes sociais. Que mistério é esse? Por que Miguelzinho era a pessoa certa para assinar documentos de atos, projetos ou processos dos quais não participou? E por que razão ele preferiu perder o cargo a ter que assinar tais expedientes? Um homem determinado, consciente dos seus atos e dotado de personalidade firme jamais permitiria o seu nome envolvido no que já é de se supor que seja o caso. Ele tem uma carreira pela frente, um nome a zelar, e agiu de forma correta negando sua participação em algo pelo menos duvidoso. Se não fosse, não haveria problema. Ele teria prazer em colaborar com o governo, ajudando simplesmente a desburocratizar questões passadas. Deixar papéis em dia.

Não cabem aqui acusações. Mas cabe, sim, o direito à dúvida. O benefício do questionamento. À desconfiança do que possa ter provocado a ira e o destempero do prefeito de Magé. Nestor Vidal está se isolando no poder. Em pouco tempo ele poderá vir a contar apenas consigo mesmo, pela extensa ficha de equívocos, atos destemperados e incompetência para lidar com adversidades, adversários e situações limite. Ainda não se pode acusá-lo de ilícitos graves, mas trata-se pelo menos de um líder que não tem liderança. Um homem público sem tato, visão e olfato para sentir o que está por acontecer e visualizar saídas dos becos que ele mesmo vem criando em seu governo. É lamentável que a grande esperança do povo mageense há tão pouco tempo, esteja se revelando esse fiasco.