Paulo César dos Santos
São 447 anos. Quase meio milênio. Quase a idade do próprio Brasil.
Esta é a nossa "Magé, linda Magé", que sofre anos e anos de um atraso
inexplicável, mas não deixa de ser linda. Sofrida e linda. Castigada e linda.
Linda e amada pelos verdadeiros filhos, naturais ou adotivos, mas verdadeiros
no amor.
Magé comemora mais um ano, em um momento especial: Acabamos de nos
livrar de algumas décadas de opressão política; de uma ditadura local que fez o
povo sofrer, muitas vezes perder a fé, a esperança no futuro, mas esse povo
reagiu. Demorou, mas reagiu: Disse um basta para o mesmismo, para o continuísmo
e a perversão política e social que o massacrava. Voltou a crer
no futuro, no ser humano e na chance de uma mudança de rumo, governo e
mentalidade. Viu que essa mudança não começa lá, no poder, e sim entre o
próprio povo, quando se descobre capaz de rever suas escolhas, utilizar a
democracia com critério e maturidade. Mudar. Mudar. Mudar. Fazer isso até acertar
no alvo.
Parabéns, "Magé, linda Magé"! Ainda estamos no despertar
da cidadania! Não cochilemos de novo! Precisamos sair do quarto da acomodação e
ajudar o sol a nascer! Vamos governar nosso destino, para que a tirania nunca
mais nos pegue de surpresa e volte a nos transformar em vítimas da covardia.
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