quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CENTRAL DO BRASIL VIVE DIA DE CONFLITOS

Depois de uma interrupção emergencial na circulação de trens, provocada por um grande protesto na estação do Engenho Novo na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (9), a estação da Central do Brasil se transformou numa praça de guerra. Houve uma grande revolta dos passageiros que voltavam para casa ou que iam para o trabalho. A interrupção durou mais de 20 minutos, e aqueles que conseguiram chegar até o terminal tentaram pegar de volta o dinheiro da passagem, o que iniciou um novo tumulto.
Algumas pessoas deram início à depredação da Central do Brasil, fazendo com que homens do BP Choque (Batalhão de Choque) fossem chamados, tanto quanto agentes da Guarda Municipal. Eles atiraram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para controlar a multidão. Passageiros acusaram os policiais de usar spray de pimenta e pistolas de choque elétrico. Ouve muitos que passaram mal, a exemplo da operadora de telemarketing Marla Simone, de 30 anos, que estava em um dos trens que pararam e precisou ser atendida às pressas por bombeiros. Uma placa publicitária foi destruída e um homem foi detido ao tentar furtar uma televisão de um stand de uma operadora de TV por assinatura. Parte dos passageiros pegou um vale para uma passagem e um documento para justificar o atraso no trabalho, mas reclamou porque o documento estava em branco. O pedreiro Antônio Raimundo saiu de Realengo às 6h20 e deveria chegar às 8h ao trabalho, em Botafogo. Às 11h, ele ainda estava na Central do Brasil. A copeira Maria de Fátima Pereira, de 57 anos passou mal. 
A estação ficou fechada entre 9h20 e 9h43 por motivo de segurança. Segundo a PM, a situação se acalmou no fim desta manhã e os passageiros se dispersaram. A segurança está reforçada no local.

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