Depois de uma interrupção emergencial na circulação de trens, provocada por um grande protesto na estação do Engenho Novo na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (9), a estação da Central do Brasil se transformou numa praça de guerra. Houve uma grande revolta dos passageiros que voltavam para casa ou que iam para o trabalho. A interrupção durou mais de 20 minutos, e aqueles que conseguiram chegar até o terminal tentaram pegar de volta o dinheiro da passagem, o que iniciou um novo tumulto.
Algumas pessoas deram início à depredação da Central do Brasil, fazendo com que homens do BP Choque (Batalhão de Choque) fossem chamados, tanto quanto agentes da Guarda Municipal. Eles atiraram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para controlar a multidão. Passageiros acusaram os policiais de usar spray de pimenta e pistolas de choque elétrico. Ouve muitos que passaram mal, a exemplo da operadora de telemarketing Marla Simone, de 30 anos, que estava em um dos trens que pararam e precisou ser atendida às pressas por bombeiros. Uma placa publicitária foi destruída e um homem foi detido ao tentar furtar uma televisão de um stand de uma operadora de TV por assinatura. Parte dos passageiros pegou um vale para uma passagem e um documento para justificar o atraso no trabalho, mas reclamou porque o documento estava em branco. O pedreiro Antônio Raimundo saiu de Realengo às 6h20 e deveria chegar às 8h ao trabalho, em Botafogo. Às 11h, ele ainda estava na Central do Brasil. A copeira Maria de Fátima Pereira, de 57 anos passou mal.
A estação ficou fechada entre 9h20 e 9h43 por motivo de segurança. Segundo a PM, a situação se acalmou no fim desta manhã e os passageiros se dispersaram. A segurança está reforçada no local.
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