quinta-feira, 20 de outubro de 2011

TRANSPORTE COLETIVO EM MAGÉ: RODOBUS OU RODOABUSOS?

Parece que os abusos da Rodobus, uma empresa de ônibus que circula irregularmente no Município de Magé, inclusive com placas de São Paulo não têm fim. E parece que o poder público desta cidade não tomará nenhuma atitude para fazer com que a empresa funcione a contento; não cause tanto transtorno a uma população que acreditou em mudanças imediatas nessa área, quando foi às urnas em julho e manifestou com mais de oitenta e três mil votos a sua esperança.
A Rodobus não cumpre horários. Faz  os passageiros esperarem nas imensas filas por até uma hora e meia, e disponibilizam pouquíssimos ônibus grandes, de duas portas, para sonegarem o direito de gratuidade aos estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais. Antes de cada ônibus grande, passam de três a cinco pequenos, de uma só porta e com ar condicionado, e cuja passagem é mais cara. Mesmo assim, esses ônibus também demoram, circulam abarrotados e deixam pelo caminho inúmeras pessoas que sinalizam. Os motoristas passam fazendo sinal de que os veículos estão superlotados, negando-lhes a opção de quererem ou não viajar mesmo assim. Muitas vezes, mesmo com os ônibus nem tão cheios, esses motoristas não param em bairros mais afastados, o que faz intuir preconceito e má fé.
Não bastassem esses abusos, os motoristas e cobradores são truculentos: Tratam mal os passageiros, geralmente não param totalmente os veículos para embarque e desembarque fora dos terminais, dirigem aos solavancos, alguns fumam e quase todos ostentam vocabulários chulos e ofensivos.
O que mais indigna a todos que dependem desses ônibus é a impunidade. Não adianta reclamar através dos telefones disponíveis. Os atendimentos também são precários e as queixas não são repassadas ou não surtem efeitos, pois os abusos se repetem . Até mesmo os excessos são repetidos pelos mesmos motoristas e/ou cobradores já nos dias seguintes aos das queixas.
Há poucos dias um idoso nos informou de que um motorista teria lhe dito que ele podia reclamar à vontade, pois as “moscas mortas” que atendem ao telefone para queixas quase sempre não repassam; e quando o fazem, a empresa “não está nem aí” para passageiros. Em suma, não existe a quem recorrer, pois a prefeitura deve ter seus motivos para permitir a continuação dos abusos e a empresa os seus, para não temer qualquer  incômodo das autoridades (in) competentes. 

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