Demétrio Sena, Magé – RJ.
Aécio e Dilma, os ícones atuais
da política partidária brasileira, e que neste momento vejo aos abraços em uma
foto que não sei de quando, trocarão quantos beijos, tapas, abraços e
xingamentos forem convenientes aos seus interesses ou de seus partidos. E por
favor, não incluam por conta própria os interesses do Brasil nesses
desempenhos. Não existem tais interesses, embora eu vá respeitar se alguém garantir
ou impuser que sim, porque preservo afetos e tenho respeito pelas opiniões
divergentes.
Os tolos que brigam país afora
por políticos, partidos e suas ideologias voláteis, geralmente se orgulham de
não verem novelas. No entanto, eles não enxergam que a política notória que nos
rodeia é um folhetim. Apaixonam-se pelas
personagens mais canastronas dessas tramas diárias, como telespectadores comuns,
e ficam cegos; fanáticos; delirantes. Tornam-se capazes de qualquer arroubo,
incluindo acessos de raiva seguidos de agressões verbais e até físicas, em
defesa de seus heróis ou mocinhos. Nos capítulos eleitorais a paixão fica tão à
flor da pele, que muitos rompem relações românticas, laços de família ou de
amizade antiga por essas personagens que não correspondem
aos seus amores.
Excluindo as opiniões engessadas,
quiçá formadas ou que dançam conforme a música, e mesmo assim merecem respeito,
quero fazer uma pergunta: Será que Aécio, Dilma, Lula, Marina Silva, Fernando
Henrique ou outros do mesmo grupo, ainda que pareçam rivais entre si, estão
dispostos a substituir sinceramente nossos afetos perdidos? Ocuparão as vagas
deixadas por quem ofendemos e até agredimos por não terem a mesma paixão pelos
heróis ou mocinhos dos nossos contos políticos de fadas?
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