Íntega do portal g1
Integrantes do governo
brasileiro afirmaram nesta sexta-feira (22) que o Brasil não tomará nenhuma
iniciativa "agressiva" contra a Venezuela.
A fronteira entre o os
dois países em Pacaraima (RR) foi fechada por determinação do presidente
Nicolás Maduro.
Isso porque o Brasil,
assim como vários outros países, não reconhece a legitimidade de Maduro como
presidente do país e considera o líder oposicionista Juan Guaidó como
presidente interino.
Mais cedo, nesta sexta,
o presidente Jair Bolsonaro comandou uma reunião no Palácio do Planalto com
ministros para discutir a situação na fronteira. O governador de Roraima,
Antônio Denarium, participou por videoconferência.
O objetivo do Brasil é
enviar neste sábado (23) à Venezuela a ajuda humanitária com medicamentos e
alimentos. De acordo com o governo federal, caminhões venezuelanos, conduzidos
por venezuelanos, transportarão os itens. Os veículos serão escoltados pela
Polícia Rodoviária Federal e pelo Exército até a fronteira, em Pacaraima.
De acordo com o
ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o Brasil
"não vai fazer nenhuma ação agressiva" contra a Venezuela.
"É contra a
Constituição, não é o nosso pensamento. Nós queremos que a situação se resolva
da melhor maneira possível", declarou o ministro.
O vice-presidente
Hamilton Mourão, por sua vez, afirmou que só vê risco de confronto se o Brasil
for atacado. "Mas Maduro não é louco a esse ponto", declarou.
Segundo o porta-voz de
Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, o Brasil reforça que a ajuda à Venezuela tem
caráter "exclusivamente humanitário".
Em uma entrevista
coletiva no Palácio do Planalto, também declarou, ao ser questionado sobre o
tema, que o governo brasileiro "não confirma o pré-posicionamento de
mísseis" por parte da Venezuela.
Ele também afirmou que
não há avaliações sobre combates. "Nós não conjecturamos poder de
combate", disse.
De acordo com o
porta-voz, o limite da ação do governo brasileiro é a fronteira.
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